Empréstimo a elétricas por coronavírus terá custo total de CDI +3,9% ao ano
O custo total do financiamento, incluindo taxas, será de CDI + 3,9% ao ano (Imagem: Pixabay)
Um empréstimo de 16,1 bilhões de reais organizado pelo governo junto a um grupo de bancos para apoiar o caixa de distribuidoras de energia em meio aos impactos do 💥️coronavírus sobre o setor terá taxa de juros de CDI + 2,9% ao ano, informou a Agência Nacional de Energia Elétrica (💥️Aneel) nesta quinta-feira.
O custo total do financiamento, incluindo taxas, será de CDI + 3,9% ao ano, segundo a Câmara de Comercialização de 💥️Energia Elétrica (CCEE).
Os financiamentos poderão ter custos de amortização repassados às tarifas dos consumidores ao longo dos próximos cinco anos, conforme autorizado por medida provisória assinada pelo presidente 💥️Jair Bolsonaro em abril.
A agência não informou de imediato quais bancos participarão do sindicato que fornecerá os recursos, que será liderado pelo 💥️BNDES.
O 💥️Ministério de Minas e Energia e a Aneel defendem que a operação, chamada de Conta-Covid, vai aliviar reajustes tarifários neste ano, ajudando os consumidores em momento sensível para a economia devido à crise causada pela pandemia e diluindo impactos no longo prazo.
Os recursos também visam evitar riscos de as distribuidoras não terem como quitar compromissos de compra de energia e pagamento pelo uso de sistemas de transmissão, o que afetaria outros elos da cadeia do 💥️setor elétrico.
“A Conta-Covid endereça os problemas vivenciados pelas distribuidoras, ao lhes garantir recursos financeiros necessários para compensar a perda de receita temporária em decorrência da pandemia e protege o resto da cadeia setorial ao permitir que as distribuidoras continuem honrando seus contratos”, disse a Aneel em nota.
Entre os efeitos da pandemia sobre as elétricas estão uma forte queda no consumo de energia, associado a medidas de isolamento adotadas contra o vírus e à deterioração da economia, e um aumento da inadimplência de clientes.
Spread Maior
O custo total dos empréstimos para o consumidor será menor em relação a uma operação semelhante para apoiar o caixa das elétricas entre 2014 e 2015, devido à queda de taxa de juros no período, mas o spread será superior.
Naquela ocasião, um primeiro empréstimo de 11,2 bilhões para as 💥️empresas teve custo de operação de CDI + 1,9% ao ano, depois repactuada para CDI + 2,525% ao ano, segundo informações da CCEE.
Uma segunda tranche dos empréstimos em 2014 teve custo de CDI + 2,35% ao ano, depois renegociadas para + 2,9% ao ano.
Uma terceira operação de financiamento, em março de 2015, acabou com custo de CDI+ 3,15% ao ano.
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