Preços do café robusta sobem com safras menores contra consumo do solúvel e substituição do arábica
Variedade de café menos nobre tem bom momento em cotações por problemas dos maiores produtores (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)
O café robusta não está encontrando resistência nas cotações em Londres enquanto os principais fundamentos estão favoráveis aos preços.
O principal produtor mundial, o Vietnã, e o Brasil estão com quebra de safra, para um consumo em alta.
Na bolsa de Londres, os preços estão consolidando uma semana de alta, com a elevação nesta sexta (24) de quase 2,80%, com a tonelada alcançando US$ 1,362 mil.
O desbalanço de oferta e demanda, a partir da perda de 10% no país da Ásia, é considerável para Marcus Magalhães, da Marus Corretora, diante da sua tradicional produção de 30 milhões de toneladas.
E junto com a perda de 25% a 30% da colheita capixaba, sobre as 11/12 milhões de toneladas da última safra, confirmada por Edimilson Calegari, gerente comercial da Cooabriel, enxugam o disponível ante duas frentes de consumo.
Magalhães cita o forte consumo de café solúvel, onde a matéria-prima é o robusta (ou conilon), no mundo da pandemia, sobressaindo o consumo doméstico dessa qualidade nos países europeus e Estados Unidos.
Já Calegari também aponta uma substituição mais elevada do robusta nos blends do arábica, com os preços mais altos dessa variedade precificada pelo Brasil, principalmente por ser o maior produtor mundial. Além do dólar, complementa o executivo da maior cooperativa brasileira do robusta.
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