Dólar sobe 1,8% e fecha a R$ 5,31 após correção global
O dólar à vista subiu 1,83%, a 5,3142 reais na venda (Imagem: Unsplash/@celynkang13)
O 💥️dólar começou agosto em alta expressiva ante o real, puxado pela correção global na moeda, que no exterior registrou em julho o pior mês em uma década.
A valorização nesta segunda-feira foi lastreada em dados melhores do setor manufatureiro nos 💥️Estados Unidos, que amenizaram temores sobre desaceleração no ritmo de retomada da maior economia do mundo após uma série de números fracos semanas atrás.
O dólar à vista subiu 1,83%, a 5,3142 reais na venda, em dia de amplas oscilações. A moeda variou entre alta de 2,27%, a 5,3371 reais, e queda de 0,12%, para 5,2122 reais.
Na 💥️B3 (💥️B3SA3), o dólar futuro tinha ganho de 1,78%, a 5,3225 reais, às 17h07.
O real teve o pior desempenho global nesta sessão, mas não ficou sozinho na lista de quedas, seguido por peso mexicano (-1,6%), peso colombiano (-0,9%), rand sul-africano (-0,8%) e peso chileno (-0,5%), entre outras divisas emergentes ou correlacionadas às 💥️commodities.
No exterior, o índice do dólar contra uma cesta de divisas de países ricos subia 0,13%, depois de a atividade manufatureira dos Estados Unidos crescer em julho no ritmo mais rápido em quase um ano e meio.
No Brasil, o dólar recuou 4,07% em julho, maior queda mensal do ano, o que aumenta chances de ajuste em dias de força global da moeda. “Está muito difícil traçar cenários para o dólar no Brasil. Há um contraste grande entre forças de curto e médio prazos”, disse Italo Lombardi, estrategista sênior para mercados emergentes do Crédit Agricole em Nova York, referindo-se à ampla liquidez mundial de agora e à incerteza quanto ao cenário fiscal brasileiro.
Ainda assim, Lombardi disse que há chance de o dólar voltar a caminhar para 5,10 reais ou 5 reais nos próximos meses, em meio à farta oferta de moeda no exterior, salvo nova piora no sentimento de risco.
O mercado aguarda ainda decisão de política monetária do Banco Central, na quarta-feira. A expectativa geral é de novo corte de 0,25 ponto percentual na Selic, para 2,00% ao ano, com sinalização de estabilidade à frente, mas há no mercado apostas alternativas de contínua queda nos juros, o que deprimiria ainda mais as taxas de retorno da renda fixa brasileira, deixando esse investimento menos atrativo em comparação a mercados de outros emergentes.
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