Dólar sobe e fecha a R$ 5,49 com possível saída de Paulo Guedes do governo

Dólar

O dólar fechou com ganho de 1,26%, a 5,4959 reais na venda (Imagem: REUTERS/Akhtar Soomro)

O 💥️dólar (💥️USDBRL) fechou em alta acentuada contra o real nesta segunda-feira, registrando uma máxima em quase três meses, refletindo ruídos domésticos em torno da agenda fiscal, com especulações sobre 💥️possível saída de Paulo Guedes do 💥️Ministério da Economia.

O dólar registrou ganho de 1,26%, a 5,4959 reais na venda, maior patamar para encerramento desde o dia 22 de maio, quando a divisa havia fechado em 5,5739 reais.

Na máxima intradia, o dólar saltou 1,61%, a 5,5150 reais, máxima desde 25 de maio, depois de ter registrado queda de 0,16% na mínima do dia, a 5,4098 reais.

Enquanto isso, na 💥️B3 (💥️B3SA3), onde os negócios vão até as 18h, o dólar futuro subia 1,52%, a 5,5090 reais.

Analistas citaram ruídos políticos locais como o principal fator de impulso para o dólar, com preocupações com o possível enfraquecimento de Guedes no governo e rumores sobre uma eventual saída sua do Ministério da Economia elevando a cautela e a volatilidade nos mercados.

“Há expectativas negativas sobre as pautas política e econômica”, disse à Reuters João Leal, economista da Rio Bravo Investimentos. “Os novos boatos de que o Guedes pode estar enfraquecido e a preocupação fiscal têm afetado bastante a moeda (real).”

Duas fontes da equipe econômica disseram à Reuters que a saída de Guedes do governo não está na mesa e negaram notícias publicadas no fim de semana citando o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, como provável substituto de Guedes no comando da Economia.

Ainda assim, os rumores elevaram a tensão no mercado local, que já sofreu este ano devido a incertezas políticas, principalmente depois da saída de 💥️Sergio Moro & considerado um pilar do governo Bolsonaro& do cargo de ministro da Justiça. Em 2023, ainda em meio a um ambiente de juros extremamente baixos, o dólar acumula alta de mais de 37% contra o real.

Segundo Fernanda Consorte, estrategista de câmbio do banco Ourinvest, outro fator que elevou a busca pela moeda norte-americana nesta segunda-feira foi “a discussão do pacote de estímulo fiscal nos Estados Unidos, que já dura semanas e ainda não chegou a um acordo”.

Com o Senado e a Câmara norte-americanos em recesso e sem nenhuma nova negociação programada com os representantes do presidente 💥️Donald Trump, as perspectivas de um acordo no Congresso dos 💥️Estados Unidos para ajudar os norte-americanos em dificuldades devido à pandemia de coronavírus perdiam força, e os parlamentares não devem se reunir novamente até o mês que vem.

No exterior, diante desse cenário, o dólar perdia força contra uma cesta de moedas.

Na última sessão, na sexta-feira, o dólar à vista havia registrado alta de 1,12% contra o real, a 5,4274 reais na venda.

Nesta segunda-feira, o 💥️Banco Central realizou leilão de 12 mil contratos de swap cambial distribuídos entre os vencimentos 1º de março de 2023 e 1º de julho de 2023, em que vendeu o total da oferta.

A decisão sobre a rolagem de contratos de swap cambial tradicional com vencimento em outubro foi anunciada na quarta-feira, após o BC retomar ofertas líquidas desses ativos pela primeira vez em cerca de três meses.

“Quando a gente vê o BC entrando é para prover liquidez nos mercados”, comentou Fernanda Consorte, destacando que, “em cenário de crise, o Banco Central não consegue segurar toda essa situação, levando o dólar de 5,40 para 5 reais, por exemplo, mas consegue controlar situações muito díspares.”

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