AGU recorre de decisão que determinou depoimento presencial de Bolsonaro em inquérito

Celso de Mello

Na semana passada, Celso de Mello, ministro do STF que está há mais tempo no cargo e que é o relator do inquérito que apura as alegações do ex-ministro da Justiça Sergio Moro contra o presidente (Imagem:Reuters/Adriano Machado)

A Advocacia-Geral da União (💥️AGU) anunciou na noite de quarta-feira que recorreu da decisão do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (💥️STF), que determinou que o presidente 💥️Jair Bolsonaro deponha presencialmente no inquérito que apura suposta interferência dele na💥️ Polícia Federal, defendendo assim a possibilidade de o presidente depor por escrito.

Na semana passada, Celso de Mello, ministro do STF que está há mais tempo no cargo e que é o relator do inquérito que apura as alegações do ex-ministro da Justiça 💥️Sergio Moro contra o presidente, negou pedido do procurador-geral da República, 💥️Augusto Aras, para que Bolsonaro tivesse a prerrogativa de depor por escrito por ser presidente da República.

Em sua decisão, Celso de Mello, que se aposentará compulsoriamente da corte em novembro e que terá seu substituto indicado por Bolsonaro, argumentou que a prerrogativa de um chefe de Poder prestar depoimento por escrito só existe quando ele é testemunha ou vítima, não quando é réu ou investigado, como é o caso de Bolsonaro neste inquérito.

Em nota em que anunciou o recurso, a AGU disse que pediu que a decisão seja reconsiderada ou que seja concedido um efeito suspensivo para que o depoimento de Bolsonaro não seja tomado até que o plenário do Supremo se manifeste sobre o caso.

“Não se pede nenhum privilégio, mas, sim, tratamento rigorosamente simétrico àquele adotado para os mesmos atos em circunstâncias absolutamente idênticas em precedentes recentes do próprio STF”, afirma a nota divulgada na noite de quarta.

Em 2017 o ministro 💥️Edson Fachin, do Supremo, autorizou o então presidente Michel Temer a depor por escrito no inquérito em que era investigado no âmbito da delação da JBS.

Ao pedir demissão do cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública em abril, Moro justificou a saída do comando da pasta apontando que Bolsonaro havia buscado interferir na Polícia Federal através da troca do diretor-geral da corporação e de comandos de superintendências regionais do órgão.

Edson Fachin

Em 2017 o ministro Edson Fachin, do Supremo, autorizou o então presidente Michel Temer a depor por escrito no inquérito em que era investigado no âmbito da delação da JBS. (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

As alegações levaram Aras a pedir abertura de inquérito, acatada por Celso de Mello, para investigar Bolsonaro e também Moro, por suposto crime de denunciação caluniosa e contra a honra do presidente.

À época da decisão de Celso de Mello, o advogado Rodrigo Sánchez Rios, que representa Moro, disse que a decisão “assegura igualdade de condições entre as partes, uma vez que o ex-ministro Sergio Moro também foi ouvido presencialmente logo no início da investigação”.

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