BC passará a publicar só um cenário para inflação, com câmbio por paridade do poder de compra
“A publicação, como regra, de apenas um cenário central de projeções de inflação evita sobrecarregar os documentos de divulgação do Copom com comparação mecânica de cenários”, acrescentou o BC (Imagem: Agência Brasil)
O 💥️Banco Central adiantou nesta quinta-feira que, a partir do seu Relatório Trimestral de Inflação de dezembro, publicará sistematicamente apenas um cenário para a 💥️inflação, utilizando a taxa 💥️Selic da pesquisa Focus e taxa de câmbio seguindo trajetória de acordo com a teoria da paridade do poder de compra.
“Esse será o único cenário a ser publicado de forma sistemática pelo BCB”, disse a autarquia, defendendo que a iniciativa ocorre em meio a seu esforço para aumentar a efetividade de comunicação com a sociedade, tornando-a mais clara e relevante.
“A publicação, como regra, de apenas um cenário central de projeções de inflação evita sobrecarregar os documentos de divulgação do 💥️Copom com comparação mecânica de cenários”, acrescentou o BC.
Segundo a autoridade monetária, esse procedimento é usual na experiência internacional de bancos centrais e “permitirá aprofundar o foco na análise econômica das projeções, tornando o documento mais simples e efetivo”.
Ainda que essa passe a ser a diretriz geral, o BC não excluiu a possibilidade de publicar cenários alternativos, considerando outras hipóteses para o câmbio e outras variáveis relevantes.
No relatório desta quinta-feira, o BC publicou suas projeções centrais para o 💥️IPCA em quatro cenários diferentes: com Selic e câmbio constantes; Selic e câmbio Focus; Selic Focus e câmbio constante e Selic constante e câmbio Focus.
Em um box sobre a paridade do poder de compra no relatório, o BC afirmou que embora a trajetória de taxa de câmbio constante tenha como qualidade a simplicidade e a consonância com evidências que apontam para as dificuldades em se prever essa variável, ela não considera os potenciais efeitos do diferencial entre as inflações doméstica e externa sobre o câmbio & algo contemplado na teoria da paridade do poder de compra (PPC).
“Dado que a inflação no 💥️Brasil tende a ser superior à externa, a adoção de hipótese de trajetória de câmbio de acordo com a PPC evitaria a utilização de trajetória de apreciação real do câmbio, apreciação essa que eventualmente levaria a uma subestimação das projeções de inflação”, disse o BC.
“O Copom decidiu que passará a utilizar cenário em que a taxa de câmbio evolui segundo a PPC, em substituição aos cenários de trajetória de câmbio constante”, complementou.
O diferencial de inflação considerado será a diferença, a cada ano, entre a meta para a inflação no Brasil e a inflação externa de longo prazo, considerada como de 2% ao ano, descrita pelo BC como em linha com a meta para a inflação da maioria dos países desenvolvidos.
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