Novo momento da economia abre espaço para novas modalidades de investimentos
Ninguém precisava se sujeitar ao sobe e desce da bolsa de valores, relembra o colunistas nos anos de ouro dos juros básicos (Imagem: Pixabay/@nattanan23)
Por 💥️Cadu Guerra, CEO do 💥️Allugator, a maior plataforma de aluguel e assinatura de eletrônicos da América Latina
Os anos de 2005 a 2016 foram tempos marcantes & e que deixarão saudade para aqueles que investiam em 💥️renda fixa. A taxa 💥️Selic oscilando entre 19,75% e 14%, impulsionando todos os títulos públicos e 💥️CDBs, e até a tão desprezada 💥️poupança rendendo seus 0,7% ao mês, garantindo ganhos reais acima da inflação.
O investidor padrão estava tranquilo, assim como os estrangeiros, que viam nas nossas taxas de 💥️juros, altíssimas para os padrões dos países desenvolvidos, a galinha dos ovos de ouro. 💥️Investimentos seguros e com bons rendimentos.
Ninguém precisava se sujeitar ao sobe e desce da bolsa de valores, à checagem diária das cotações das ações nem ficar de olho nas novidades do 💥️mercado financeiro e da política nacional e internacional.
O investidor médio podia ver seu patrimônio crescer substancialmente na renda fixa, com a segurança de que nada ruim aconteceria. Mas as tendências globais e a crise causada pela pandemia do novo 💥️coronavírus mudaram esse cenário radicalmente.
Agora, com as taxas de juros a 2% ao ano, muitos foram obrigados a migrar da segurança dos títulos indexados à taxa básica de juros para aturar as agruras da 💥️bolsa de valores, com alta volatilidade e 💥️ações que podem cair vertiginosamente do dia para a noite.
É evidente que o investidor mais cauteloso irá diversificar seus investimentos em uma 💥️carteira de ativos que não ofereça muitos riscos, diferentemente daqueles que pleiteiam obter ganhos substanciais nos chamados swing trades. Mas mesmo com ações sólidas e confiáveis, ao melhor estilo 💥️Luiz Barsi, é possível se dar mal (vide a derrocada causada pela crise deste ano).
Aqueda das principais ações da Bolsa acendeu um alerta entre os investidores, vê o colunista (Imagem: Flickr/ Rafael Matsunaga)
As principais ações do 💥️Ibovespa (💥️IBOV), cuja oscilação dita se a Bolsa sobe ou desce no dia, despencaram de repente, desvalorizando a carteira de todos os que tinham algum aporte na 💥️B3 (💥️B3SA3). Isso acendeu um alerta entre os investidores.
Conformados com os baixos rendimentos, alguns deles decidiram permanecer com os títulos públicos, CDBs e afins. Outros optaram por não liquidar seus papéis, esperando uma retomada das ações.
E ainda há um terceiro grupo, que aproveitou a súbita e vertical desvalorização das ações para então entrar no mercado de renda variável e usufruir da (quase) certeira alta do Ibovespa a médio/longo prazo.
Contudo, nem todos têm sangue frio para assistir seu patrimônio se desvalorizar na casa dos 30% ou 40%, resignação para ver seus investimentos passarem a crescer irrisórios 2% ao ano, ou perfil arrojado para arriscar nos ativos da bolsa enquanto, aparentemente, os papéis estavam a “preço de banana”.
Por isso, em meio à crise, modelos alternativos foram criados ou se popularizaram para atender àqueles que buscam boa rentabilidade e segurança ao mesmo tempo.
Estes, então, acabam recorrendo a 💥️commodities em geral (como 💥️ouro, 💥️dólar, 💥️petróleo etc) ou então ao crédito privado, no qual se tem a possibilidade de investir em 💥️debêntures e ajudar 💥️empresas a financiar a 💥️aquisição de seus lotes, por exemplo.
Também há aqueles um pouco mais ousados, que apostam nas criptomoedas (Imagem: Pixabay/vjkombajn)
Esses modelos atendem bem às demandas do investidor padrão, mas há outros, como a aquisição de ativos tangíveis, como obras de arte. Também há aqueles um pouco mais ousados, que apostam nas 💥️criptomoedas, sobre as quais ainda pairam uma série de incertezas, inseguranças e preconceitos aqui no Brasil.
O fato é que, em um país majoritariamente conservador, quando o assunto é dinheiro, propor novos modelos de investimentos pode ser desafiador.
Mas o próprio cenário econômico e sanitário no qual nos encontramos é um desafio por si só, sem precedentes, e que, se efetivamente mudar nossa realidade após o “furacão passar”, pode fazer com que a aceitação de novas modalidades de investimentos não seja uma tarefa tão árdua como tem sido até então.
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