Dólar avança ante real em meio a incerteza política nos EUA após debate presidencial
(Imagem: REUTERS/Dado Ruvic)
O 💥️dólar apresentava volatilidade contra o real nesta quarta-feira, refletindo a briga do fechamento da Ptax de fim de mês e a incerteza política nos 💥️Estados Unidos depois de um debate caótico entre o presidente norte-americano, 💥️Donald Trump, e seu adversário democrata nas eleições presidenciais, Joe Biden.
Às 10:32, o dólar avançava 0,02%, a 5,6442 reais na venda, depois de ter tocado mais cedo 5,6705 reais na máxima do dia, alta de 0,5%.
O dólar futuro, negociado na B3, subia 0,26%, a 5,6525 reais.
Segundo especialistas, a instabilidade nas negociações acompanhava a formação da Ptax no último dia de setembro, que envolve a briga entre comprados e vendidos, enquanto várias operações são liquidadas nesta quarta-feira.
No âmbito macroeconômico, o terceiro trimestre chegava ao fim em meio a cautela nos mercados internacionais depois que o primeiro debate dos candidatos à Presidência da maior economia do mundo — repleto de insultos e muitas vezes carente de fatos — falhou em fornecer alguma orientação clara sobre o futuro das eleições.
Entre analistas, predominava a visão de que Trump não conseguirá ganhar terreno nas pesquisas eleitorais depois do debate, levantando incerteza sobre o futuro das políticas econômicas dos Estados Unidos.
O dólar, uma das moedas que mais tem se beneficiado de momentos de cautela, avançava contra uma cesta de pares fortes nesta quarta-feira, enquanto os futuros de Wall Street registravam queda.
“(Trump) não teve uma mudança radical em seu discurso de forma a conseguir reverter os resultados das pesquisas”, explicou à Reuters Vanei Nagem, responsável pela mesa de câmbio da Terra Investimentos, sobre o impacto do debate nos mercados financeiros globais, destacando que uma derrota do republicano poderia ter algum impacto no Brasil, dada a proximidade do governo de💥️ Jair Bolsonaro com os EUA.
Por aqui, depois da reação negativa do mercado financeiro às propostas do governo para financiar um novo programa de transferência de renda, o presidente Bolsonaro reclamou que precisa de sugestões, não de críticas, e alertou que com o agravamento da crise econômica, “todo mundo vai mal”, inclusive o mercado.
As preocupações fiscais têm dominado o radar dos investidores domésticos nas últimas semanas em meio à possibilidade de furo do teto de gastos devido ao impacto econômico da pandemia de Covid-19, que se opõe a um orçamento apertado para 2023.
Depois de um mês conturbado no âmbito político e fiscal, o dólar caminhava para fechar setembro em alta de cerca de 2,7% contra o real, resultado que marcaria seu segundo ganho mensal consecutivo.
O presidente Bolsonaro reclamou que precisa de sugestões, não de críticas, e alertou que com o agravamento da crise econômica, “todo mundo vai mal”, inclusive o mercado (Imagem: Reuters/Adriano Machado)
No ano, a moeda norte-americana acumula salto de mais de 40% contra o real, deixando a divisa brasileira na posição de pior desempenho dentro de uma cesta com mais de 30 pares do dólar, refletindo também um ambiente de juros extremamente baixos.
Na véspera, o dólar negociado no mercado interbancário teve variação positiva de 0,14%, a 5,6428 reais na venda, nova máxima desde 20 de maio.
O Banco Central fará nesta quarta-feira leilão de swap tradicional para rolagem de até 10 mil contratos já existentes com vencimento em março e julho de 2023.
💥️(Atualizada às 10h38)
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