Banco do Brasil não mostra balanço ruim, mas empolga menos os analistas
O Banco do Brasil disse que reservou no terceiro trimestre mais de R$ 2 bilhões para potenciais perdas com empréstimos decorrentes da crise causada pela pandemia do coronavírus (Imagem: Wikimedia Commons)
Os resultados do 💥️Banco do Brasil (💥️BBAS3) não empolgaram alguns analistas. Os números até vieram em linha com as projeções da 💥️XP Investimentos, mas não conseguiu superar as estimativas de outras instituições, como o 💥️Safra.
💥️O lucro líquido recorrente da empresa no terceiro trimestre do ano atingiu R$ 3,4 bilhões, montante 23,3% menor em relação ao mesmo período de 2023.
O Banco do Brasil disse que reservou mais de R$ 2 bilhões para potenciais perdas com empréstimos decorrentes da crise causada pela pandemia do 💥️coronavírus.
Assim, as provisões totais para perdas com empréstimos, incluindo os R$ 2 bilhões, foram de R$ 5,5 bilhões. O valor representa uma alta de 40,5% ante o terceiro trimestre do ano passado. Em relação ao trimestre anterior, no entanto, houve queda nas provisões.
O Safra destacou o aumento da carteira de crédito ampliada, que subiu de R$ 71 bilhões no trimestre anterior para R$ 109 bilhões.
“Parece um crescimento considerável se olharmos para a recuperação econômica recente”, comentaram os analistas Luis F. Azevedo e Silvio Dória.
O Safra também comentou que o controle de custos do Banco do brasil foi bom no trimestre, tendo as despesas operacionais totais caído 7,5% na base anual.
Azevedo e Dória reiteraram a recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) para a ação, com preço-alvo de R$ 56 ao fim de 2023.
A XP manteve a indicação de compra, com preço-alvo de R$ 43. Além de ter gostado do balanço, a corretora acha que o papel está barato e a companhia é bem defensiva e “digitalmente competitiva”.
Abaixo dos pares
Na avaliação da Ágora Investimentos, o mercado pode estar decepcionado com as tendências de NII (receita líquida de juros) no trimestre (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)
A 💥️Ágora Investimentos tem uma visão menos positiva sobre o desempenho da empresa.
“Não que os resultados fossem ruins. Os números foram apenas mais fracos do que as expectativas gerais e abaixo dos divulgados pelos pares do setor privado do Banco do Brasil”, explicaram os analistas Victor Schabbel e José Cataldo.
Na avaliação da corretora, o mercado pode estar decepcionado com as tendências de NII (receita líquida de juros) no trimestre.
“Aqueles mais construtivos sobre o caso de investimento esperam que o melhor mix de carteira de crédito favoreça as margens do Banco do Brasil ao longo do tempo. Claramente, durante a crise, isso não está acontecendo, e o desempenho do banco controlado pelo Estado tem sido semelhante ao dos bancos do setor privado”, complementaram Schabbel e Cataldo.
Por isso, a recomendação da Ágora para a ação continua sendo neutra, enquanto a recomendação para os bancos privados é de compra. O preço-alvo indicado para o Banco do Brasil é de R$ 47.
Para o 💥️BTG Pactual (💥️BPAC11), o destaque do balanço foi o core capital, que mostrou crescimento anual de 255 pontos-base e chegou a 13,1%.
No entanto, a recomendação dos analistas do banco permanece neutra, com preço-alvo para os próximos meses de R$ 44.
“Mas enfatizamos que a ação parece particularmente barata em 0,7 vez o valor patrimonial no terceiro trimestre de 2023”, ressaltaram Eduardo Rosman e Thomas Peredo, autores do relatório divulgado aos clientes.
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