Como funcionam os empréstimos com cripto no setor de finanças descentralizadas (DeFi)?
Nossa série “Bê-a-bá Cripto” apresenta diversos conteúdos específicos para que você entenda o passo a passo (o bê-a-bá) do mercado cripto (Imagem: YouTube/MakerDAO)
Uma das grandes promessas da 💥️tecnologia 💥️blockchain é tornar as ferramentas usadas pelo 💥️mercado financeiro tradicional acessíveis a usuários em qualquer lugar do mundo.
O termo guarda-chuva para essa revolução de autonomia financeira é “finanças descentralizadas” (ou 💥️DeFi, do inglês “Decentralized Finance”).
Assim como o mercado financeiro tradicional, o mercado de 💥️criptoativos fornece todos os mesmos produtos, mas de forma 💥️descentralizada, segundo o Decrypt.
Via DeFi, não é preciso realizar 💥️empréstimos, negociação à vista e de margem via instituições financeiras (forma centralizada) e fornecendo informações pessoais para terceiros, como um 💥️banco.
A ideia do setor DeFi é fornecer serviços por meio de 💥️contratos autônomos em blockchain que, apesar do nome, 💥️não são “contratos”, e sim termos pré-programados para se autoexecutarem quando certas condições de um acordo forem atendidas.
Pense nos criptoativos “parados” em sua carteira. O valor deles pode aumentar ou diminuir, mas você não ganha nada por poupá-los na carteira.
Caso você deseje que seus ativos rendam, é possível emprestá-los a outra pessoa e ganhar juros sobre esse empréstimo.
Existem diversas formas de fazer esses criptoativos renderem, mas a principal forma é via pools de empréstimos. Usuários podem unir seus ativos e distribuí-los a mutuários com as regras pré-definidas e programadas no contrato autônomo. O Decrypt alerta: pools de empréstimos têm suas próprias formas de distribuir juros a cada usuário, então é preciso realizar sua própria pesquisa para entender quais são as vantagens e desvantagens do seu perfil de 💥️investidor. O mesmo vale para mutuários, pois cada pool tem uma abordagem ou regra diferente para a tomada de empréstimo. Quando um mutuário deseja obter empréstimo em um banco, é preciso fornecer um bem (como um carro) de garantia ao banco para assegurar que você irá pagar o empréstimo, de uma forma ou de outra. Se você parar de pagar pelo empréstimo, o banco tem o direito de pegar o seu carro como garantia da quantia não paga. Já em um sistema descentralizado, onde não se fornece um bem físico que pode ser usado como garantia, é necessário um outro tipo de mecanismo. Quando um mutuário for tomar um empréstimo, deve fornecer algo mais valioso do que a quantia do empréstimo, ou seja, precisam depositar, no contrato autônomo, um ativo de valor igual ao ativo que desejam pegar emprestado. Dai é um criptoativo descentralizado, público, de código aberto e estável, e sempre equivale ao dólar (Imagem: YouTube/MakerDAO) Se você deseja pegar 1 💥️BTC emprestado, precisa depositar o preço atual de um bitcoin em 💥️DAI, por exemplo, 💥️stablecoin — moeda de valor estável — pareada ao 💥️dólar americano (1 DAI = US$ 1). Assim, é preciso depositar 13,8 mil DAI como garantia para pegar 1 BTC emprestado. Quando o empréstimo for finalizado e você tiver que pagar o bitcoin, haverá uma taxa de juros pelo empréstimo e, em seguida, você recebe de volta as DAIs depositadas como garantia. No fim, o mutuário não teve de vender suas DAIs, pois estavam bloqueadas no protocolo, e o pool de empréstimos pode distribuir a taxa de juros (paga pelo mutuário) entre os investidores. A desvantagem desse mecanismo é que o preço dos criptoativos varia bastante. O que acontece quando o preço da garantia cai e fica abaixo do preço do ativo de empréstimo? Decrypt dá o exemplo da 💥️MakerDAO, uma das principais plataformas de empréstimo do setor DeFi. É preciso fornecer uma garantia de pelo menos 150% do valor do empréstimo na plataforma. Grande parte dos mutuários depositam 200% do valor que gostariam de tomar emprestado. Se o preço de um ativo depositado como garantia começar a cair, o pool usará seu “circuit-breaker” para evitar a perda de dinheiro. Assim, se o preço cair abaixo de 120% do empréstimo, o pool começará a liquidar a garantia para cobrir o empréstimo. Assim, o mutuário acaba compensando pela perda, mas não perde seu ativo original. Isso foi um problema que a MakerDAO enfrentou em março, quando a grande liquidação da “quinta-feira sombria” fez com que o preço do ether despencassem e afetasse seus pools de empréstimo. A alternativa foi trocar ether pela USD Coin (💥️USDC) como opção de garantia e realizar leilões de seu token MKR. Outros exemplos de protocolos descentralizados de empréstimos são 💥️Balancer, 💥️Aave, 💥️Uniswap, 💥️dYdX e 💥️Compound. Protocolos centralizados — controlados por uma empresa — bem-conhecidos são 💥️BlockFi, 💥️Celsius, 💥️Nexo e 💥️Crypto.com. DeFi, com seus serviços completamente digitais e acessíveis, é uma ponte entre pessoas 💥️desbancarizadas e a autonomia financeira via cripto. Decrypt alerta: investir em cripto pode ser como estar em uma montanha-russa, então é necessário avaliar se tomar um empréstimo cripto é a melhor estratégia de investimento para você. Confira outros artigos da nossa série “💥️Bê-a-bá Cripto” para entender mais sobre o mercado cripto.O que você está lendo é [Como funcionam os empréstimos com cripto no setor de finanças descentralizadas (DeFi)?].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.
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