Após fala de Bolsonaro, Barroso rechaça possibilidade de retorno do voto impresso no Brasil
O presidente do TSE citou que a re-implantação do voto impresso teria ainda um custo de 2 bilhões de reais (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (💥️TSE), 💥️Luís Roberto Barroso, afirmou neste domingo que o Supremo Tribunal Federal (💥️STF) já decidiu que é inconstitucional a adoção novamente do voto impresso no país e destacou que a iniciativa, se adotada, “representaria um risco real” para o sigilo do voto.
“Objetivamente não existe hoje no 💥️Brasil a possibilidade do voto impresso”, disse Barroso em resposta a um questionamento feito em entrevista coletiva de balanço das eleições que citou defesa feita pelo presidente Jair Bolsonaro dessa forma de votação.
“Portanto, respeitando a opinião do presidente, o voto impresso traria grande tumulto ao processo eleitoral brasileiro porque todo candidato derrotado iria pedir recontagem, impugnações e judicialização do processo eleitoral”, acrescentou.
O presidente do TSE citou que a re-implantação do voto impresso teria ainda um custo de 2 bilhões de reais.
Mais cedo, Bolsonaro havia defendido novamente o voto impresso para garantir a integridade e lisura do processo eleitoral brasileiro. “Você tem que ter uma forma mais confiável para votar e a apuração tem que ser pública; não pode ter meia dúzia de pessoas para contar os votos do Brasil todo; isso está errado” , disse ele ao se referir a chamada sala cofre do TSE, onde poucas pessoas tem acesso a consolidação dos votos.
Eleito várias vezes deputado federal pelo sistema de urnas eletrônicas, Bolsonaro afirmou que em 2018, quando foi eleito presidente, houve suspeitas de irregularidades nas urnas e na apuração.
Em março, o presidente disse que apresentaria em breve provas de irregularidades das eleições de dois anos atrás, mas até hoje não fez isso.
💥️Imaginário
Na coletiva, após ser questionado sobre falas de fraude do sistema 💥️Bolsonaro, Barroso reafirmou que não há essa possibilidade no atual sistema.
“Agora, eu não tenho controle sobre o imaginário das pessoas. Tem gente que diz que a terra é plana, que o homem não chegou na Lua, tem gente que acha que o Trump venceu as eleições nos Estados Unidos. Esse é o imaginário sobre o qual eu não tenho poder”, disse.
“Não há objetivamente forma de você fraudar sem que seja detectado. Não há nenhuma perda de credibilidade. Sistema está aí desde 1996”, reforçou.
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