Apesar da torcida contrária do governo Bolsonaro, Biden deve ajudar & e muito & a soja brasileira
Pouco deve mudar no acordo comercial EUA-China, segundo o novo presidente americano (Imagem: REUTERS/Kevin Lamarque)
Apesar da velada torcida pela vitória de 💥️Donald Trump nas eleições americanas, que varreu o Brasil de Brasília aos principais núcleos da agropecuária, apoiadores do presidente 💥️Jair Bolsonaro, 💥️Joe Biden pode ajudar as exportações de 💥️soja à 💥️China. E muito.
O novo mandatário dos 💥️Estados Unidos, em 💥️entrevista que está no New York Times desta quarta (2), disse que não vai cancelar de imediato a fase 1 do acordo negociado por Trump, que teve a oleaginosa como protagonista beneficiária este ano.
Se não vai tomar alguma medida nessa direção nos primeiros tempos de sua presidência, como declarou, pelo menos mostra que a perspectiva existe.
Só de congelar o acordo, já é uma boa notícia para o Brasil.
Com a fase 1 em vigor, que prega importações chinesas de US$ 200 bilhões em produtos e serviços dos Estados Unidos em 2023 – sendo US$ 12,5 bilhões em compras adicionais agrícolas, segundo informes do Departamento de Comércio – as exportações brasileiras de soja já explodiram. E também do grão americano, sobretudo nos últimos dois a três meses.
O ano exportador do Brasil para a China pode alcançar 80% das mais de 86 milhões de toneladas aguardadas, 25% aproximadamente a mais que em 2023.
Imagina-se, então, sem a vigência do primeiro tempo dessas negociações em algum momento de 2023? Ou, mesmo, que o banho maria dessa guerra comercial continue, irritando Pequim?
Os embarques da soja brasileira poderiam ser até maiores do que foram este ano – assegurando a previsão de analistas que a demanda chinesa seguirá forte & e os preços em Chicago seriam mais valorizados com menor (ou igual) oferta dos Estados Unidos.
Em 2023, a China praticamente comprou pouca soja americana. Este ano, até outubro, a participação desse mercado nas exportações totais chegou a 55%, dos cerca de 44 milhões/t exportadas, com previsão de fechar o ano em quase 60 milhões, segundo o USDA.
Só não reconhece o pendão protecionista de Joe Biden, como bom Democrata que é, os contaminados pelo viés ideológico, que, vendo-o menos beligerante, mais negociador, humanitário nas questões raciais e de gênero, e próximo da defesa do meio ambiente (como bom Democrata que é), acreditavam que ele deixará o livre mercado correr solto com a China e com qualquer outro país.
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