Isolamento social cai, mas pequenos negócios ainda têm baixo movimento
É o que mostra uma nova pesquisa da SumUp, instituição financeira que presta serviços de maquininha de cartão para pequenos negócios (Imagem: Divulgação/SumUp)
Mesmo após a redução do isolamento social no país, com a reabertura da maioria das atividades econômicas, o movimento observado por microempreendedores ainda é consideravelmente menor do que no período pré-pandemia.
É o que mostra uma nova pesquisa da SumUp, instituição financeira que presta serviços de maquininha de cartão para pequenos negócios.
A quarta rodada da pesquisa foi realizada entre os dias 11 e 16 de novembro, com 1.500 clientes da empresa em todo o país, para entender o impacto da 💥️covid-19 na atual fase da pandemia.
Os números mostram que 58% dos pequenos negócios que estão reabertos dizem que o movimento ainda é inferior ao início do ano. Entre os que mantêm pontos de venda fechados, 90% informam baixo movimento nos negócios.
Proprietário de uma tapeçaria em Ferraz de Vasconcelos, município da região metropolitana de 💥️São Paulo, Rubens Rodrigues de Souza afirma que os primeiros meses da pandemia foram aquecidos, principalmente, por causa dos efeitos do auxílio emergencial de R$ 600 e com o comércio fechado por decisão das autoridades. Porém, não demorou muito para que as vendas caíssem.
“Quando começou o ano, o comércio estava devagar, mas entrou a pandemia, aqueceu o comércio, por causa do auxílio emergencial, creio.
Foram os dois meses em que prestadores de serviço tinham bastante trabalho. Mas, depois, começou a cair e estamos chegando ao fim do ano com movimento abaixo do anterior”, relata. O microempreendedor também foi um dos que recorreram ao auxílio emergencial do governo. Agora, no entanto, ele demonstra certo pessimismo para os próximos meses.
“Eu estou muito pessimista, principalmente com o começo do ano, acho que vai cair ainda mais o movimento. Tem a ameaça dessa nova onda, e pode ter restrições no comércio. Além disso, já não vai ter auxílio, o que piora as condições”, argumenta.
Trabalhando com reforma de estofados, Rubens Rodrigues também já percebe a falta de matérias-primas básicas para o seu trabalho. “Está faltando espuma no mercado, e o preço já subiu mais de 100%”. Insumos como madeira, papelão e tecidos, esse último muito importado da 💥️China, também tiveram oferta reduzida, relato o microempresário.
Em seu levantamento, a pesquisa da SumUp mostra que 37% dos donos de pequenos negócios acreditam quem o movimento vai melhorar com a proximidade do natal.
Outros 10% acreditam que o movimento vai aumentar muito e 24% demonstram pessimismo e preveem queda nas vendas.
Em seu levantamento, a pesquisa da SumUp mostra que 37% dos donos de pequenos negócios acreditam quem o movimento vai melhorar com a proximidade do natal (Imagem: Pixabay)
Para a pequena empresária Bruna Schnorr, dona de uma agência de turismo em Brodosqui, no interior paulista, o movimento ainda é 70% menor do que o período pré-pandemia, mas há uma expectativa de melhora para os próximos meses. “Já estivemos pior na nossa área de 💥️turismo, que foi extremamente afetada pela pandemia, mas hoje eu acredito que a expectativa é bem melhor, digamos que estou uns 60% otimista”, afirmou.
Venda online consolidada
Outro ponto nessa rodada de pesquisa da SumUp é a consolidação da venda ✅online como uma das principais estratégias de negócios.
O setor teve adesão de quase 100% dos empreendedores, que formam a base de clientes da empresa. Esse movimento de adoção da venda online tem sido progressivo e já foi observado desde o início da pandemia.
Outro ponto nessa rodada de pesquisa da SumUp é a consolidação da venda ✅online como uma das principais estratégias de negócios (Imagem: Pixabay)
“Tenho trabalhado bastante com vendas ✅online, o que não fazíamos tanto antes do início da pandemia”, reconhece Bruna.
Entre os novos serviços oferecidos pela empreendedora, está o atendimento personalizado em casa, tendo como principais canais as redes sociais. “É uma ferramenta que veio para ficar, embora um pouco a contragosto no meu caso, porque sempre preferi o atendimento mais presencial.
Porém, se não fossem as mídias sociais e as vendas online, eu não teria podido manter meu negócio, que chegou a ficar mais de dois meses e meio fechado”.
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