Petrobras atrai asiáticos para 1ª licitação de FPSOs próprios em mais de 7 anos
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A licitação, lançada em julho de 2023 pela Petrobras, prevê a contratação das plataformas P-78 e P-79, para o importante campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos (Imagem: Geraldo Falcão/ Agência Petrobras)
Três consórcios com a participação de estaleiros asiáticos estão se preparando para fazer oferta à 💥️Petrobras (💥️PETR3;💥️PETR4) em 1º de fevereiro, na primeira licitação para a contratação de plataformas próprias em mais de sete anos, afirmaram à Reuters quatro fontes próximas à concorrência que poderá envolver bilhões de dólares.
A licitação, lançada em julho de 2023 pela Petrobras, prevê a contratação das plataformas P-78 e P-79, para o importante campo de Búzios, no💥️ pré-sal da Bacia de Santos, a principal aposta da companhia na garantia do crescimento de sua curva futura de produção.
O leilão deverá contar com a participação dos consórcios Hyundai/BrasFELS/Keppel; DSME (Daewoo)/Saipem e Samsung/Toyo/EBR, disseram três fontes.
Nesta etapa, as empresas apresentarão seus preços, além da proposta técnica.
No total, foram pré-qualificadas para essa nova licitação dez 💥️empresas, nacionais e internacionais, segundo a petroleira informou anteriormente.
Mas, devido ao modelo de contratação, as duas afretadoras que constavam na lista de habilitadas (SBM Offshore e Modec) decidiram não realizar lances, de acordo com as quatro fontes.
Ambas as plataformas terão capacidade para processar diariamente 180 mil barris de óleo e 7,2 milhões de metros cúbicos de gás. A previsão é de que essas unidades entrem em operação em 2025.
Plataformas de tamanho similar têm custo de construção estimado em cerca de 1,7 bilhão de dólares, segundo uma fonte.
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Ambas as plataformas terão capacidade para processar diariamente 180 mil barris de óleo e 7,2 milhões de metros cúbicos de gás (Imagem: Divulgação/Petrobras)
Samsung, Keppel, operadora do estaleiro BrasFELS, Saipem, Modec, SBM e Petrobras não quiseram comentar.
Toyo, Hyundai, DSME não responderam imediatamente a pedidos de comentários. O estaleiro EBR, que também pertence à Toyo, não pode ser encontrado imediatamente.
Novo modelo de contratação
As novas unidades são resultado de estratégia da 💥️Petrobras para desenvolver novos projetos de plataformas próprias, incorporando lições aprendidas nas unidades flutuantes de produção, armazenamento e transferência de petróleo e 💥️gás (FPSO, na sigla em inglês) já instaladas no pré-sal, incluindo aspectos de contratação e construção, disse a empresa anteriormente.
Historicamente, a companhia utiliza tanto plataformas próprias, contratadas na modalidade chamada EPC (sigla em inglês para a contratação de engenharia, suprimento e construção), quanto afretadas, dependendo de decisões econômicas.
A Petrobras disse anteriormente que o alto endividamento da companhia na década passada contribuiu para a decisão de priorizar o modelo de afretamento, cujos custos podem ser diluídos no balanço ao longo de 15, 20 anos, em vez de desembolsos bilionários para a construção das unidades.
A decisão foi reforçada depois da Lava Jato, deflagrada no início de 2014, quando passaram a ser revelados diversos ilícitos em contratos para a construção de unidades marítimas de produção no Brasil.
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A Petrobras disse anteriormente que o alto endividamento da companhia na década passada contribuiu para a decisão de priorizar o modelo de afretamento (Imagem: Dado Galdieri/Bloomberg)
A💥️ Lava Jato terminou por causar o impedimento da contratação de diversas companhias, além do fechamento de outras. Adicionalmente, as plataformas próprias contratadas passaram por muitos atrasos.
Desde então, a Petrobras vinha optando pelo afretamento de novas unidades.
Mas, no intuito de voltar a diversificar sua carteira, a companhia lançou uma nova modalidade de contratação que, segundo ela informou anteriormente, incorporou lições aprendidas.
Dentre as mudanças, a empresa contratará um único fornecedor na modalidade EPC, responsável por todas as etapas do projeto. No passado, a Petrobras participava da contratação de fornecedores que construíam partes diferentes de uma mesma unidade.
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