Congresso dos EUA questiona anonimidade cripto em audiência sobre financiamento ao terrorismo
Especialistas em crimes financeiros tiraram a dúvida de diversos deputados americanos em relação ao uso de criptomoedas em atividades ilícitas e extremistas (Imagem: REUTERS/Erin Scott)
Membros do Congresso 💥️Americano estão analisando como a natureza das 💥️criptomoedas podem tanto ajudar como impedir o financiamento ao terrorismo nacional.
Deputados perguntaram a especialistas sobre o papel dos 💥️criptoativos no motim do dia 6 de janeiro ao Capitólio durante a audiência “💥️Dólares contra a Democracia: Financiamento ao Terrorismo Nacional na Sequência da Rebelião”.
O 💥️Subcomitê da Câmara sobre Segurança Nacional, Desenvolvimento Internacional e Políticas Monetárias questionou especialistas, incluindo Daniel Glaser, ex-secretário-assistente do setor de 💥️Financiamento ao Terrorismo e Crimes Financeiros.
Em janeiro, a 💥️Chainalysis identificou uma transferência de 💥️bitcoin de mais de US$ 500 mil para diversas personalidades extremistas, incluindo algumas cuja participação foi identificada durante o acontecimento de 6 de janeiro.
A 💥️plataforma de streaming em 💥️blockchain 💥️DLive e o 💥️token BTT, de sua plataforma-mãe 💥️BitTorrent, também foram envolvidos nos acontecimentos.
Um grupo de deputados havia compartilhado sua preocupação com 💥️o uso de criptoativos e redes sociais por grupos extremistas antes dessa audiência.
O motim ao Capitólio no início de janeiro de 2023 preocupou autoridades sobre o uso de redes sociais (e de plataformas cripto) para a propagação da violência (Imagem: REUTERS/Stephanie)
O escopo do problema
A primeira pergunta do dia relacionada a cripto foi do deputado 💥️Jim Himes, pedindo que especialistas explicassem como o comitê deveria considerar “cibermoedas” como um possível meio de transação anônima.
💥️Daniel Rogers, doutor e diretor de tecnologia do 💥️Global Disinformation Index, contou aos deputados que não parece haver uma correlação entre o “extremismo explícito” de um grupo e seu uso de criptoativos como uma fonte de financiamento.
“Definitivamente vimos o uso geral de criptomoedas por grande parte dos grupos extremistas que estudamos”, disse ele.
Grupos começam menos extremos e é mais provável que usem fontes de financiamento tradicional, segundo Rogers mas, ao longo do tempo, são restritos (“deplatformed”) dos sites de financiamento tradicional, então migraram a criptomoedas “cada vez mais anonimizadas”.
Ainda assim, os especialistas esclareceram ao Congresso que a natureza privada de cripto não necessariamente o torna mais perigoso.
Rogers distinguiu que ele considera cripto como “pseudonímico” em vez de anônimo, pois existem maneiras de rastrear transações. Ele explicou aos membros que o desafio é atribuir uma carteira a um agente específico.
O que regular
Glaser seguiu os comentários de Rogers ao destacar que grupos que usam financiamento em cripto ainda precisam de uma plataforma “off-ramp” (que converte cripto em dinheiro tradicional), ou seja, o Tesouro Americano coleta informações sobre esses grupos por meio do uso de corretoras, pois estas são empresas de serviços monetários (MSBs).
A nova regra da FinCEN é uma tentativa de aplicar padrões bancários tradicionais ao ecossistema de criptomoedas (Imagem: FinCEN)
Glaser mencionou a recente regra de carteira proposta pela Rede de Combate a Crimes Financeiros (💥️FinCEN) — que estenderia requisitos parecidos de fornecimento de informações a carteiras autocustodiais — como uma forma de 💥️mitigar preocupações de 💥️privacidade.
“É uma regra importante que está por aí e eu sugiro que as pessoas a analisem”, disse Glaser. “O período de comentário se encerra em maio e, em seguida, espero que o Tesouro seja capaz de tomar medidas para encerrar essa vulnerabilidade específica.”
O deputado Stephen Lynch, presidente da 💥️Força-Tarefa de Tecnologia Financeira (FTTF), demonstrou muita preocupação com criptomoedas.
Ele 💥️citou os receios de 💥️Janet Yellen, secretária do Tesouro, de que cripto tem um histórico de ser utilizado por grupos extremistas apesar de sua promessa de utilidade.
Glaser disse que, embora apresentem preocupações, Yellen e outros também citaram o potencial de inclusão financeira das criptomoedas.
Lynch questionou se a natureza pseudonímica das criptos é um problema inerente ao financiamento antiterrorismo.
Glaser explicou ao comitê que, apesar de isso ser verdade, o blockchain também dá às autoridades mais transparência em relação a transações, caso tenham as ferramentas e habilidades certas.
A identificação se resume ao ponto de entrada, segundo Glaser, ou seja, as políticas corretas, relacionadas a plataformas de conversão, são fundamentais.
“Criptomoedas não são genuinamente ruins… O desafio é trazê-las para o sistema e regulamentá-las de forma adequada”, disse Glaser. “Eu acho que o Departamento do Tesouro se aproximaria melhor disso por meio da regulação de corretoras.”
Ele reiterou seu apoio à regulação referente a carteiras não custodiais, chamando a de “falha no sistema”. Ele também falou sobre a proibição de criptomoedas especificamente criadas para evitar restrições antilavagem de dinheiro.
“Também precisamos fornecer oportunidades para que o setor cresça de forma supervisionada e regulamentada, assim como agora”, disse Glaser.
✅💥️Qual é a relação do bitcoin e do dólar
com a lavagem de dinheiro?
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