Deputados divergem sobre projeto que unifica ICMS de combustíveis
O objetivo do governo é reduzir as oscilações de preços e dar maior previsibilidade ao mercado (Imagem: Divulgação/Agência de Notícias do Paraná)
Os deputados têm se dividido em relação ao projeto de lei complementar (💥️PLP 16/21), de 💥️autoria do Executivo, que unifica em todo o País as alíquotas do 💥️Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidentes sobre 💥️combustíveis. A lista inclui 💥️gasolina, 💥️diesel, 💥️etanol e 💥️gás de cozinha, além de vários outros derivados de 💥️petróleo.
A proposta em tramitação na💥️ Câmara dos Deputados prevê que a cobrança será no local de consumo final em vez do local de origem dos produtos. As alíquotas só poderão variar pelo tipo de produto e serão definidas pelo Conselho Nacional de Política Fazendária, que reúne os secretários da Fazenda dos 26 estados e do Distrito Federal.
O objetivo do governo é reduzir as oscilações de preços e dar maior previsibilidade ao mercado, como explica o deputado 💥️Aluisio Mendes (PSC-MA), que é líder do seu partido.
“Além do preço internacional, da oscilação do dólar, tem a tributação de combustível no Brasil, que é muito alta. E a partir do momento que o governo federal envia um projeto, visando a unificação destes tributos, nós vamos criar uma uniformidade em todo o país sobre o valor do combustível e, mais do que isso, uma transparência ao consumidor do valor real que cada um paga sobre o combustível e sobre os impostos que sobre ele incidem”, observou
O deputado 💥️Alexis Fonteyne (Novo-SP) dá um exemplo de distorção associada à forma de tributação atual.
“Por causa dessa questão de ICMS nos combustíveis de avião, as empresas aéreas têm que fazer logística para saber onde vão abastecer as suas aeronaves para tentar pagar menos. Então é um caos a atual legislação, essa questão da guerra fiscal parece uma ideia boa porque reduziria custo; mas, ao contrário, ela aumenta custo, atrapalha toda a organização, cria distorções muito grandes”, disse.
Variação do dólar
Para o deputado 💥️Reginaldo Lopes (PT-MG), a proposta terá pouco impacto em termos de preços, mas causará grandes prejuízos para alguns estados. Ele afirma que as altas de preços dos combustíveis ocorrem porque o governo apoia a variação dos valores conforme o mercado internacional e o aumento do dólar.
“Uma política voltada para os interesses dos acionistas da 💥️Petrobras (💥️PETR4), sendo que o governo federal tem participação na gestão da empresa. De fato, sendo um produto que altera quase todas as cadeias produtivas no país, é importante voltar a ter uma política de preços”, disse.
O deputado 💥️Mauro Benevides Filho (PDT-CE) também afirma que os estados não têm culpa das altas de preços:
“A alíquota que está em voga no meu estado do Ceará, por exemplo. Tem 20 anos que a alíquota de ICMS do diesel não é reajustada”, disse.
A proposta que unifica as alíquotas de ICMS no país será analisada pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça. Depois seguirá para o Plenário.
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