China nega acusações de ataque hacker contra fabricantes de vacinas da Índia
As relações entre os vizinhos com armas nucleares azedaram em junho (Imagem: REUTERS/Adnan Abidi)
A 💥️China rejeitou nesta terça-feira a alegação de uma empresa de inteligência cibernética de que um grupo de hackers apoiado pelo governo chinês tivesse como alvo os sistemas de TI de dois fabricantes indianos de 💥️vacinas contra o 💥️coronavírus.
A Cyfirma disse à Reuters que o grupo de 💥️hackers APT10, conhecido como Stone Panda, identificou lacunas e fragilidades na 💥️infraestrutura de TI e no software da cadeia de suprimentos da Bharat Biotech e do Instituto Serum, o maior fabricante mundial de vacinas.
“Sem mostrar nenhuma evidência, a parte relevante fez especulações infundadas, distorceu e inventou fatos para difamar um ente específico”, disse o Ministério das Relações Exteriores da China à Reuters.
“Este comportamento é irresponsável e tem segundas intenções. A China se opõe firmemente a isso”, acrescentou a pasta em resposta por escrito a perguntas sobre as alegações da Cyfirma. Questionada sobre o comentário da China, a Cyfirma, empresa apoiada por investidores como Goldman Sachs, disse em um comunicado: “Mantemos nossas descobertas e pesquisas”.
O Serum não quis comentar. A Bharat Biotech, que disse na segunda-feira não comentar sobre assuntos relacionados a hackers, não fez comentários na terça-feira.
O gabinete do diretor-geral da Equipe de Resposta a Emergências em Computadores da Índia disse à Reuters na segunda-feira que o assunto do ataque foi entregue ao seu diretor de operações, e não deu mais detalhes.
O Serum está produzindo a vacina da AstraZeneca para muitos países, inclusive o Brasil, e em breve começará a fabricar a Novavax, enquanto a Bharat Biotech planeja exportar sua vacina Covaxin para dezenas de países, como Brasil e Filipinas.
China e 💥️Índia já venderam ou doaram vacinas contra Covid-19 a muitos países. A Índia produz mais de 60% de todas as vacinas vendidas no mundo.
As relações entre os vizinhos com armas nucleares azedaram em junho, quando 20 soldados indianos e quatro chineses morreram em confronto na fronteira do Himalaia.
Negociações recentes aliviaram a tensão e o Ministério de Relações Exteriores da China disse que ambos os lados estão trabalhando para salvaguardar a paz na região da fronteira.
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