Entrevista: Flutuação da Selic não para busca por imóveis, diz CEO da CrediHome

Procura por financiamento imobiliário disparou 374% em janeiro, na comparação com um ano antes, segundo levantamento da fintech CrediHome (Imagem: Freepik)

Com a queda histórica da taxa 💥️Selic em 2023, a busca por 💥️imóveis disparou em plena pandemia, uma vez que os custos dos financiamentos imobiliários passaram a caber no orçamento de inúmeras famílias pelo 💥️Brasil.

Segundo levantamento da 💥️CrediHome, fintech de crédito imobiliário, obtido com exclusividade pelo 💥️Money Times, a demanda por financiamento em sua plataforma teve um crescimento de 49,7% de dezembro para janeiro.

Agora, quando os números são confrontados com janeiro do ano passado, a procura decolou 374%.

Muito embora a Selic deva flutuar neste ano, — o 💥️Itaú Unibanco (💥️ITUB4) espera que 💥️a taxa básica de juros chegue a 5% ao ano em dezembro & , o 💥️CEO da CrediHome, Bruno Gama, avalia que as 💥️perspectivas do setor são positivas mesmo com os desafios econômicos.

“A capacidade de compra do cliente aumentou muito com os 💥️juros baixos, um mesmo financiamento de dois ou três anos atrás agora cabe no bolso”, pontua Gama.

A 💥️CrediHome conecta o cliente interessado no financiamento imobiliário ou home equity a todos os bancos de maneira gratuita, online, prática e sem burocracia, provendo ainda uma assessoria completa desde a aprovação do crédito até a liberação do recurso.

Durante a entrevista ao 💥️Money Times, o CEO também comenta sobre a modalidade ✅home equity, que permite conseguir 💥️empréstimo com juros mais baixos, mas que ainda não é muito conhecida no 💥️Brasil.

Banco Central BCB

O Itaú Unibanco espera que a Selic chegue em dezembro com taxa de 5% ao ano (Imagem: Reuters/Ueslei Marcelino)

💥️Money Times: Com a flutuação da Selic no decorrer de 2023, a procura por financiamento deve oscilar de maneira tão drástica?

💥️Bruno Gama: A CrediHome espera que a Selic realmente flutue no decorrer deste ano, e deva encerrar 2023 no patamar de 4% ao ano, contra os atuais 2%. Nesse cenário, vemos alguma oscilação no custo e na taxa do 💥️crédito imobiliário, mas bem pequena.

A competição entre os grandes bancos, 💥️fintechs e bancos digitais, no mercado de crédito brasileiro, está muito forte atualmente. O crédito imobiliário é um produto muito estratégico para o 💥️setor bancário, visto que ele tem caráter de longo prazo, podendo se estender por 20 a 30 anos.

Trata-se de um trunfo de fidelização do cliente, logo as taxas devem permanecer baixas mesmo com o aumento da Selic. Não dá para cravar se a demanda por crédito imobiliário será tão forte como a observada em 2023, mas deve crescer dois dígitos, em torno de 25%, ainda a depender das condições macroeconômicas.

💥️MT: Como pesar na balança a equação: cliente com maior poder de compra devido aos juros menores versus os riscos econômicos que ainda pairam no Brasil?

💥️BG: O custo de aquisição de um imóvel financiado hoje é quase metade do que era há quatro anos atrás. Esse impacto por si só é muito relevante, e abrange famílias de diversos extratos sociais. Uma família com renda total de R$ 5 mil, por exemplo, não conseguia um financiamento de R$ 200 mil há cinco atrás.

Naquela época, um financiamento imobiliário de tal envergadura tinha parcelas mensais girando R$ 2 mil, e pela composição de regras adotadas pelos bancos, é necessário que se tenha uma renda que alcance o triplo das parcelas a serem pagas.

Bruno Gama, CEO da Credihome

Com a queda de juros no Brasil, o brasileiro teve de criar o hábito de investir melhor. E muitos foram direto para a aquisição de imóveis, pontua o CEO da CrediHome (Imagem: Divulgação/Credihome)

Então, o que ocorreu no Brasil foi uma democratização do crédito imobiliário. As famílias com renda de R$ 5 mil se viram empoderadas a financiar. E as famílias de renda superior também tiveram a oportunidade de comprar um imóvel a um custo bem inferior. Portanto, o impacto positivo da redução de custos é superior aos revezes econômicos provocados pela pandemia de 💥️Covid-19.

💥️MT: O que é afinal o ✅home equity?

💥️BG: É um produto pouco conhecido no Brasil, porém muito utilizado na 💥️Europa e nos 💥️Estados Unidos. O home equity é o crédito com garantia  imobiliária, o crédito para o proprietário do imóvel. Então, todo proprietário de imóvel formal no Brasil pode tomar um crédito usando seu imóvel como garantia de pagamento.

Os valores chegam a até 60% do valor do imóvel, com prazos de até 20 anos, com juros muito menores. Os juros do home equity na CrediHome, por exemplo, começam com 0,74% ao mês. Nós acreditamos muito nessa modalidade, e é uma maneira mais saudável das pessoas tomarem credito no País.

💥️MT: Como a CrediHome enxerga a mudança de comportamento das pessoas no mercado imobiliário?

💥️ BG: Com a queda de juros no Brasil, o brasileiro teve de criar o hábito de investir melhor. A mudança de pensamento também explica movimento dos investidores rumo à 💥️renda variável. E também explica o interesse dos investidores pelo 💥️mercado imobiliário.

Portanto, as pessoas começaram a procurar o setor como uma forma de terem rentabilidade superior à Selic. Muitos foram direto para a aquisição de 💥️imóveis, com intenção de revenda futura ou locação de curto prazo — usando 💥️Airbnb.

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