PIB já aponta queda no 1º trimestre, mesmo sem medidas anunciadas por Doria hoje
Anemia econômica: analistas enxergam sinais preocupantes no primeiro trimestre (Imagem: Rovena Rosa/Agência Brasil)
A entrada em vigor, a partir da próxima segunda-feira (15), de regras mais rígidas de isolamento social no Estado de 💥️São Paulo renova a preocupação com o fôlego da economia em 2023. Anunciadas hoje (11) pelo governador 💥️João Doria (💥️PSDB), 💥️as medidas apertam as restrições para o funcionamento de 14 setores no Estado mais rico da União.
A dúvida mais óbvia, neste momento, é qual será o impacto econômico dessas novas regras para combater o 💥️coronavírus. Para Carlos Lopes, economista do 💥️Banco BV, o efeito será importante, mas não tão forte, quanto os efeitos sentidos há um ano, quando medidas semelhantes foram adotadas pela primeira vez. “As pessoas já conhecem a doença e, por isso, o grau de incerteza é menor”, afirma.
Assim como 12 meses atrás, a adoção de medidas mais duras de isolamento social chega no fim do primeiro trimestre. Inicialmente, a fase emergencial vigorará em São Paulo até o fim de março, podendo ser renovada.
É claro que essa quinzena de fechamento de atividades essenciais e toque de recolher vai arranhar o 💥️PIB do primeiro trimestre, mas a verdade é que ele já cambaleava antes de Doria endurecer o combate à Covid-19.
Conjunção negativa
O fim do auxílio emergencial e a demora do Congresso e do governo em reeditá-lo, ainda que com valores menores, o desemprego elevado, o soluço da inflação e a dificuldade em se implantar um programa nacional de vacinação em massa minaram o crescimento do Brasil durante estes três primeiros meses de 2023.
“Imaginávamos que o PIB do primeiro trimestre fosse positivo, mas revisamos a estimativa nesta semana”, diz Lopes. Segundo o economista, o BV ainda não fechou totalmente os números, mas as análises sugerem que a variação do PIB pode ficar entre 0% e uma queda de 0,5%. Antes, o BV projetava uma modesta alta de 0,3% para o período.
Rigor: Doria anuncia que São Paulo entra na fase emergencial (Imagem: Reprodução/ Governo de SP)
Caso o tropeço do PIB, no início do ano, seja confirmado, aumenta a pressão para que a economia acelere no segundo semestre. Um alento, neste sentido, é a aprovação dos gatilhos de cortes de gastos, propostos pelo ministro da Economia, 💥️Paulo Guedes, 💥️junto com a PEC Emergencial. “Isso foi importantíssimo, do ponto de vista fiscal”, diz Lopes.
Ainda assim, o BV cortou sua estimativa de crescimento do PIB deste ano de algo próximo a 4% para 3,5%.O banco não está sozinho. Segundo o 💥️Boletim Focus, do 💥️Banco Central, o otimismo do mercado está menor. A última edição de 2023 mostrava que, na média, o mercado projetava uma alta de 3,40% para o PIB de 2023.
O otimismo cresceu gradativamente, até alcançar o pico de 3,50%, na edição de 29 de janeiro. Desde então, a projeção se deteriorou. O Focus desta semana, por exemplo, já traz uma estimativa de 3,26%. “Os próximos meses dependerão muito da pandemia”, resume Lopes. “Seu impacto será mais forte, quanto mais ela se prolongar”.
💥️Assista ao anúncio das novas medidas de isolamento social, feito por Doria nesta quinta-feira (11).
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