Entrada do Brasil na OCDE pode gerar US$ 7 bilhões por ano, aponta Ipea
Caso a candidatura do Brasil seja aceita e confirmada, os estímulos em fluxo de capital devem impulsionar a atividade de comércio exterior (Imagem: Reuters/Akhtar Soomro)
O 💥️Brasil tem previsão de crescimento de 0,4% do 💥️PIB per capita, por ano, com a eventual entrada do País na 💥️Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (💥️OCDE), segundo estudo divulgado pelo 💥️Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (💥️Ipea) nesta segunda-feira (26).
O crescimento econômico previsto é de aproximadamente US$ 7 bilhões anuais em geração de bens e serviços.
De acordo com dados analisados e fornecidos pelo 💥️Banco Mundial, os autores Otaviano Canuto e Tiago Ribeira apontam que caso a candidatura do Brasil seja aceita e confirmada, os estímulos em fluxo de capital devem impulsionar a atividade de comércio exterior.
A publicação 💥️O que o Brasil pode esperar da adesão à OCDE, editada pelo Ipea, apresenta uma série de 13 artigos sobre a candidatura do Brasil como membro da OCDE.
Entre os principais benefícios econômicos listados, os pesquisadores avaliam que a eventual entrada do Brasil na OCDE pode alavancar o processo de abertura para a 💥️economia global.
O estudo destaca a possibilidade de contribuir para o aumento do superávit e ampliar a captação de novos 💥️investimentos externos no país.
Além disso, o processo pode impulsionar a participação de cadeias produtivas globais, bem como a realização de novos acordos de cooperação com organismos internacionais como a 💥️Organização Mundial do Comércio (💥️OMC) e o 💥️Fundo Monetário Internacional (💥️FMI).
Na avaliação de Pedro Silva Barros, pesquisador do Ipea e editor da 💥️Revista Tempo do Mundo, os estudos publicados contribuem para fortalecer o diálogo entre acadêmicos e executores de políticas públicas sobre a possível entrada do Brasil na OCDE.
“Os dados, em conjunto com a pluralidade de abordagens presentes na publicação, ajudam a avaliar os potenciais benefícios, custos e desafios para o país, caso a entrada na OCDE venha de fato a ocorrer”, observou.
Tic-tac
Enquanto Trump era presidente dos EUA, Bolsonaro tentou facilitar o ingresso do Brasil à OCDE, mas não obteve sucesso (Imagem: Alan Santos/PR)
Atualmente, além do Brasil, 💥️Argentina, Bulgária, Croácia, 💥️Peru e 💥️Romênia também pleiteiam a acessão à OCDE.
A entidade conta atualmente com 36 membros, e o aumento no número de candidaturas fez a OCDE buscar a definição de novos critérios para a aceitação de candidaturas.
Em dezembro, a OCDE alertou que o o Brasil 💥️corre risco de ter um ‘década pedida’, semelhante como ocorreu nos anos 1980, casos as reformas não sejam aprovadas, e os ajustes fiscais e o cumprimento das regras de gastos públicos fiquem à deriva nesta gestão.
Mais cedo, o presidente da 💥️Câmara dos Deputados, 💥️Arthur Lira (PP-AL), escreveu no Twitter que, 💥️as duas Casas do Congresso Nacional têm o compromisso de votar ainda neste ano as reformas 💥️administrativa e 💥️tributária.
Eu acredito que possamos votar as duas reformas este ano. Temos o compromisso das duas Casas de votar este ano as duas reformas. Procurarei o ministro Paulo Guedes para falar sobre a reforma tributária. Estou agora falando ao Jornal da Manhã da @JovemPanNews— Arthur Lira (@ArthurLira_) April 26, 2023
O Brasil apresentou formalmente sua candidatura em 2017 com o objetivo de implementar avanços na agenda de política econômica externa.
Enquanto 💥️Donald Trump era o mandatário dos 💥️Estados Unidos, o presidente 💥️Jair Bolsonaro tentou costurar com sua proximidade com o então parceiro político 💥️a entrada facilitada do Brasil na OCDE.
A tentativa do Brasil de ingressar no clube vinha encontrando resistência em Washington, e com 💥️Joe Biden no comando da Casa Branca, Bolsonaro agora joga sem aliado internacional.
Com informações do 💥️Ipea
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