CPI: senadores questionam Renan e aprovam 310 pedidos de informação

Renan Calheiros

Os requerimentos citados por Renan tratam de pedidos de convocação de especialistas associados à defesa do chamado “tratamento precoce” (Imagem: Jefferson Rudy/ Agência Senado)

A atuação do senador 💥️Renan Calheiros (MDB-AL) é questionada por senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia.

Hoje (29), na primeira reunião do colegiado após sua instalação na última terça-feira (27), Calheiros & escolhido relator dos trabalhos &  criticou as tentativas de parlamentares da base aliada ao governo federal de impedi-lo de exercer a função.

Os senadores Eduardo Girão (Podemos-CE), Jorginho Mello (PL-SC) e Marcos Rogério (DEM-RO) acionaram o 💥️Supremo Tribunal Federal (STF) e aguardam resposta sobre um pedido de suspensão do ato que colocou o senador emedebista na comissão.

O argumento do grupo é que, como pai do governador de Alagoas, Renan Filho, o parlamentar estaria impedido de integrar o colegiado.

Isso porque, além de investigar “ações e omissões” do governo do presidente 💥️Jair Bolsonaro, durante a pandemia do novo 💥️coronavírus, os repasses feitos pela União a estados e municípios também estão na mira do colegiado.

“Isso é uma tentativa de dispersão do foco da CPI, não há nada contra mim. É evidente e flagrante. Eles [senadores governistas] assinaram requerimentos vindos do Palácio do Planalto”, afirmou Renan.

Os requerimentos citados por Renan tratam de pedidos de convocação de especialistas associados à defesa do chamado “tratamento precoce” ou de críticas ao ✅lockdown.

Segundo o vice-presidente do colegiado, 💥️Randolfe Rodrigues, todos os 310 pedidos de informações apresentados até a reunião de hoje foram aprovados.

Na lista de aprovados há ainda um requerimento de acesso a todas as investigações da 💥️Polícia Federal sobre repasses destinados à pandemia a estados e prefeituras.

Próximos passos

A partir da próxima terça-feira, os senadores começam uma semana dedicada a oitivas dos ex-ministros e do atual ministro da Saúde do governo, respectivamente, Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich, Eduardo Pazuello e Marcelo Queiroga.

O diretor presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( Anvisa) também está entre os aprovados.

Segundo o presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), na semana do dia 10 de maio deve ser ouvido o ex-secretário especial de Comunicação Social da Presidência da República, Fabio Wajngarten.

Os senadores querem que Wajngarten explique declarações dadas recentemente em entrevista à revista Veja.

Nela, ele afirmou que houve “incompetência” e “ineficiência” de gestores do Ministério da Saúde para negociar a compra de vacinas.

Outra prioridade dos senadores é ouvir a farmacêutica Pfizer sobre a recusa do governo federal , em agosto de 2023, para compra de um lote de 70 milhões de doses, que seriam entregues em dezembro de 2023. Ambos os requerimentos serão colocados em votação na terça-feira (4).

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