Dólar sobe 1,55% e fecha a R$ 5,30 após dados de inflação nos EUA

Dólar

O dólar à vista subiu 1,55%, a 5,3053 reais na venda (Imagem: REUTERS/Rick Wilking)

O 💥️dólar (💥️USDBRL) fechou em forte alta nesta quarta-feira, voltando a ficar acima de 5,30 e indo aos maiores níveis em uma semana, com as operações locais replicando uma onda de compra de dólares no exterior 💥️após dados de inflação bem acima do esperado nos 💥️Estados Unidos turbinarem apostas de redução de estímulos por lá.

O dólar à vista subiu 1,55%, a 5,3053 reais na venda. É a maior valorização percentual diária desde 30 de abril (+1,81%) e o mais alto nível de encerramento desde 5 de maio (5,3652 reais).

Ao longo deste pregão, a cotação variou de 5,2116 reais (-0,24%) e 5,3088 reais (+1,62%).

A moeda começou o dia em torno da estabilidade, perto de 5,23 reais, mas disparou para cerca de 5,27 reais logo depois das 9h30, quando os EUA reportaram a maior alta mensal do índice de preços ao consumidor em quase 12 anos.

A moeda norte-americana até se afastou das máximas posteriormente, mas tornou a ganhar fôlego no fim da manhã e manteve rota ascendente ao longo de toda a tarde, batendo a máxima do dia de 5,3088 reais (+1,62%).

Durante todo o dia o movimento do dólar aqui replicou as oscilações da moeda no exterior, que no fim do dia saltava 0,6% contra uma cesta de rivais, maior ganho desde o fim de abril. A divisa ganhava entre 0,7% e 1,6% ante alguns dos principais pares do real.

O índice de preços ao consumidor norte-americano saltou 0,8% no mês passado, maior ganho desde junho de 2009, e no acumulado de 12 meses subiu 4,2%, alta mais elevada desde setembro de 2008. O núcleo do índice, que exclui itens voláteis, teve forte acréscimo de 0,9% no mês, maior ganho desde abril de 1982, acumulando elevação de 3,0% em 12 meses, bem acima da meta do Fed, de 2%.

Os números vieram muito acima do esperado e provocaram um chacoalhão nos mercados. As bolsas de Nova York caíam entre 2% e 2,7%, e o rendimento do título de dez anos do Tesouro norte-americano & referência global para investimentos& saltava 7,1 pontos-base no fim da tarde.

New York Stock Exchange (NYSE), Nova York, EUA, 04/11/2020.

As bolsas de Nova York caíam entre 2% e 2,7% (Imagem: REUTERS/ Andrew Kelly)

No Brasil, o principal índice das ações caiu 2,7%, e os juros futuros de longo prazo dispararam mais de 20 pontos-base.

Robin Brooks, economista-chefe do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), comentou que a surpresa com a inflação nos EUA foi de 6,7 desvios-padrão. “Com a reabertura dos EUA, os rendimentos norte-americanos de longo prazo continuarão subindo, colocando pressão de apreciação sobre o dólar. NÃO estamos em um ambiente de dólar fraco…”, comentou Brooks no Twitter.

O dólar subia ante 32 de seus 33 principais rivais nesta sessão.

Para o economista-chefe do Itaú Unibanco, Mario Mesquita, a redução de estímulos nos EUA vai ocorrer a partir de 2022, o que contribuirá para a alta do dólar de 5,30 reais ao fim de 2023 para 5,50 reais no término do ano seguinte. Em 2023, o real ainda deve se beneficiar da alta das commodities e dos aumentos de juros pelo Banco Central.

“As commodities ajudam um pouco (o real), mas nem tanto. A política monetária ajuda, mas nem tanto. E o risco fiscal segue elevado”, resumiu o ex-diretor do Banco Central.

A escalada da moeda nesta quarta ocorreu ainda em meio à elevada temperatura política em Brasília, com o relator da CPI da Covid no Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), 💥️pedindo a prisão do ex-secretário de Comunicação Social da Presidência da República Fabio Wajngarten por supostamente mentir à comissão. O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), 💥️contudo, rejeitou o pedido.

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