Ação do Grupo Mateus ganhará novo impulso, assim que mercado sossegar

Grupo Mateus

Pensa em mim: para analistas, ação sofre com pouca atenção dos investidores (Imagem: Grupo Mateus/Linkedin)

💥️O balanço do primeiro trimestre provou que o 💥️Grupo Mateus (💥️GMAT3) sabe 💥️o que está fazendo com os R$ 2,9 bilhões líquidos que captou na sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) em outubro do ano passado.

Mesmo sob o impacto da segunda onda da pandemia de coronavírus, a varejista manteve o ritmo forte de inaugurações de lojas, com 11 unidades abertas no período. Também apresentou uma receita líquida quase 40% maior que a de um ano antes, com 10% de incremento nas vendas mesmas lojas (aquelas em operação há 12 meses ou mais).

“Acima de tudo, o crescimento das vendas continuou resiliente, reduzindo os temores de uma potencial queda com o fim do auxílio emergencial”, afirma Guilherme Assis, que assina o relatório do 💥️Banco Safra sobre os resultados.

Pedro Serra, autor do relatório da 💥️Ativa Investimentos, acrescenta que “apesar de ter apresentado uma margem bruta pressionada no período, uma maior diluição dos gastos com vendas & por conta de uma expansão assertiva e de uma maturação das lojas & ajudou a companhia a duplicar seu ebitda e aumentar sua rentabilidade em 0,2p.p.”

Percepção

O problema é que nada disso parece convencer os investidores a dar uma chance para o papel. Desde que suas ações foram distribuídas por R$ 8,97 no IPO e começaram a ser negociadas na Bolsa, sua maior cotação de fechamento foi atingida em 14 de janeiro – R$ 9, ou 0,33% sobre o IPO.

Loja da Assaí, do Grupo Pão de Açúcar, em Manaus

Ofuscada: estreia do Assaí na Bolsa atrapalhou interesse do mercado pelo Grupo Mateus (Imagem: LikedIn/ Dviulgação/ Assaí)

É verdade que, entre as duas datas, o Grupo Mateus chegou a valer R$ 7,69 no fim do dia 10 de dezembro – uma queda de 14,3% sobre o IPO. Assim, os R$ 9 de meados de janeiro representam uma reação de 17% sobre o piso daquela fase.

Mas, desde então, as ações minguaram. Uma nova mínima foi cravada em 10 de março, com um fechamento de R$ 7,29. O mesmo valor foi atingido em 24 de março. Isso significa uma perda de 19% sobre o pico de janeiro, e de 18,7% sobre o IPO.

Para o Safra, o problema não está na varejista, mas no mercado. “As ações do Grupo Mateus recuperarão o ímpeto, uma vez que os investidores sosseguem da série de eventos corporativos que capturaram sua atenção no passado recente”, afirma o banco. Entre eles, o Safra 💥️cita o spin-off do Assaí (ASAI3) do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), e 💥️a compra do Grupo Big pelo Carrefour (CRFB3).

O Safra reafirmou sua recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) para os papéis. Já a Ativa manteve a recomendação de compra. Os preços-alvos propostos pelas instituições são, respectivamente, R$ 11 e R$ 10,80.

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