Dólar fecha em queda de 1,12%, a R$ 4,9662

O índice do dólar no exterior caía 0,2% no fim da tarde, depois de subir 0,3% mais cedo (Imagem: Pixabay/ClassicallyPri)

O 💥️dólar teve firme queda nesta terça-feira e fechou abaixo da marca psicológica de 5 reais pela primeira vez em um ano, pressionado pela percepção de uma política monetária mais dura no 💥️Brasil e mais afrouxada nos 💥️Estados Unidos, combinação que pode atrair liquidez para o mercado doméstico.

O dólar à vista caiu 1,12%, a 4,9662 reais na venda. É a primeira vez que a cotação fica abaixo de 5 reais num fechamento desde 10 de junho do ano passado, quando terminou em 4,9398 reais.

A divisa brasileira esteve entre os melhores desempenhos globais nesta sessão, que contou ainda com fraqueza do dólar no exterior após declarações do chair do 💥️Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), 💥️Jerome Powell.

O índice do dólar no exterior caía 0,2% no fim da tarde, depois de subir 0,3% mais cedo.

O dólar caiu aqui e no exterior à medida que o chair do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Jerome Powell, destacou que a alta na inflação norte-americana é transitória.

Com isso, Powell amenizou temores de que o Fed possa em breve reduzir estímulos e acalmou investidores ainda sob impacto da sinalização de alta de juros em 2023, um ano antes do previsto até então.

O dólar foi à mínima do dia (4,9633 reais, queda de 1,18%) já perto do fechamento no mercado à vista. Na máxima da sessão, alcançada ainda pela manhã, marcou 5,046 reais, alta de 0,47%.

O índice do dólar frente a uma cesta de rivais no exterior cedia 0,2% no fim da tarde, revertendo alta de 0,31% registrada ainda na sessão europeia.

Mas, embora tenha ido às mínimas à tarde, o dólar no Brasil já vinha em movimento mais fraco do que no exterior.

As operações domésticas foram influenciadas desde cedo pela indicação mais dura do Banco Central sobre a inflação, que veio acompanhada de sinalização de mais altas da Selic à frente, conforme a ata do Copom divulgada nesta terça.

Com o tom do texto do 💥️Copom, o 💥️Credit Suisse elevou a 1,00 ponto percentual a expectativa de alta dos juros em agosto, ante 0,75 ponto do cenário anterior. O banco vê Selic de 7,25% ao fim de 2023 e de 2022.

O 💥️Bank of America também elevou a estimativa para 7%, de 6,50%. O Banco Fibra aumentou de 6% para 6,5%, mas vislumbrando risco de o colegiado do BC conduzir a 💥️Selic a patamar contracionista ainda neste ano.

Juros mais altos no Brasil aumentam a taxa de retorno a investidores que aplicam em real seja via NDFs (contratos a termo de moeda), seja por compra de títulos de dívida.

Muitos analistas defendem que a trajetória descendente do real nos últimos anos decorreu em parte do corte expressivo da Selic, que deixou o Brasil com juro real negativo no meio de uma crise fiscal e econômica, o que teria colocado o país atrás de seus pares emergentes na atração de liquidez.

O Banco Fibra fala em uma “janela de oportunidade” para o real entre junho e agosto, após a qual o dólar ficaria em 5,30 reais ao fim do ano.

O Société Générale também parece pouco convicto de que a queda do dólar continuará. Estrategistas do banco francês entraram com posição comprada em dólar quando a moeda tocou 5,06 reais e miram taxa de 5,70 reais. O ponto de “stop-loss” (ou seja, no qual a posição é desfeita) é de 4,75 reais.

Além de dúvidas sobre a força da recuperação econômica local e o cenário político, além da China e da política monetária dos EUA, os profissionais do SG elencaram o rumo dos juros no Brasil como um risco.

“As ações agressivas do Banco Central provavelmente apoiarão o real, mas o mercado ‘uberhawkish’ (que aposta em juros muito mais altos) pode ficar incomodado pela extensão limitada dos aumentos reais das taxas”, disseram em nota.

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