Tecnologia do Cenpes faz pessoas andarem por trilhas da Caatinga
Machado destacou que a tecnologia foi criada com objetivo de auxiliar a Petrobras no monitoramento das áreas que estão sendo recuperadas (Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil)
💥️Tecnologia desenvolvida pelo Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da 💥️Petrobras (💥️PETR4) (Cenpes) para preservação e reflorestamento de biomas utiliza realidade virtual para o monitoramento dessas áreas recuperadas pela empresa no país e também para 💥️educação ambiental.
A região da Caatinga, no estado do 💥️Rio Grande do Norte, foi escolhida como protótipo para aplicação da tecnologia e agora, com o lançamento do projeto na dimensão 360 graus, a Petrobras abre a possibilidade de pesquisadores e técnicos utilizarem a tecnologia como ferramenta de trabalho e, para as pessoas interessadas, dá oportunidade de caminharem por trilhas no meio da Caatinga sem precisar sair de suas casas, estimulando a educação ambiental.
Tudo isso por meio de recursos gráficos, drones e imagens em 360 graus.
O engenheiro de meio ambiente do Cenpes, Frederico Santos Machado, disse hoje (28) à Agência Brasil que a Caatinga é um ecossistema particular, que apresenta diferenças nos períodos distintos de seca e chuva. “A diferença é impressionante”.
A plataforma digital multimídia Caatinga 360 dá ao visitante a oportunidade de ver a mudança da vegetação nos períodos de seca e úmido, o que ressalta a importância da chuva para aquele ecossistema.
Segundo Machado, o Caatinga 360 permite que o monitoramento das áreas seja feito de maneira eficaz, com menos custos e sem riscos de acidentes. “É mais eficaz que um relatório”, salientou.
Inspeção
A cobertura da copa das árvores ajuda os técnicos da Petrobras a detectar se a recuperação daquela área está sendo positiva. “Se (a copa) estiver muito fechada, a recuperação está indo bem”, explicou Machado. “Essa tecnologia permite fazer a inspeção do ambiente e pode avaliar aspectos técnicos da vegetação. Ver se aquela vegetação que a Petrobras está recuperando está indo bem ou não, se precisa de alguma correção”, acentuou o engenheiro.
Machado destacou que a tecnologia foi criada com objetivo de auxiliar a Petrobras no monitoramento das áreas que estão sendo recuperadas, sem necessidade de visitas presenciais e sem trazer riscos às equipes. “O Caatinga seria como um protótipo mais voltado para a questão ambiental. O Caatinga é mais técnico”, afirmou o engenheiro de meio ambiente do Cenpes.
O projeto foi desenvolvido pelo Cenpes, em parceria com a Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa), Fundação Guimarães Duque (FGD) e a Empresa Mapeio Inovação e Tecnologia, contratada pela universidade.
O Caatinga 360 permite acesso a uma visita virtual e interativa em três tipos de vegetação conservados do Bioma Caatinga, na região do oeste do Rio Grande do Norte, além do acesso virtual a áreas preservadas que, tradicionalmente, possuem acesso difícil e restrito.
A tecnologia do Cenpes foi apresentada à Petrobras e já começou a ser aplicada a projetos patrocinados pela companhia, por orientação da área de Responsabilidade Social da empresa.
Mata Atlântica
O primeiro projeto de educação ambiental aprovado para receber a tecnologia 360 graus foi o Projeto Guapiaçu, que faz uma visita virtual pela Reserva Ecológica de Guapiaçu, localizada no município de Cachoeiras de Macacu, região metropolitana do 💥️Rio de Janeiro, onde os visitantes podem realizar trilhas pela Mata Atlântica, de suas casas.
Frederico Machado ressaltou que no Projeto Guapiaçu os visitantes têm direito a guia especializado e obtêm diversas informações sobre fauna e flora desse bioma, podendo ouvir, inclusive, sons dos pássaros que habitam a região.
Com o patrocínio da Petrobras, o projeto já atingiu mais de 26 mil pessoas com atividades de educação ambiental e restaurou 160 hectares de áreas degradadas, com o plantio de 300 mil mudas de espécies nativas.
Segundo informou Frederico Machado, a ideia é dar continuidade ao projeto, gerando tecnologias que possam ser aplicadas a outros sistemas da biodiversidade, como o Cerrado e a Floresta Amazônica, entre outros, e também na recuperação ambiental de áreas de atuação da companhia.
A ferramenta desenvolvida pelo Cenpes é inovadora, observou o engenheiro de meio ambiente. Outros projetos patrocinados pela Programa Petrobras Socioambiental poderão ser contemplados pela nova tecnologia.
Para o diretor de Transformação Digital e Inovação da Petrobras, Nicolas Simone, “a tecnologia é uma grande aliada na aproximação das pessoas com o 💥️meio ambiente, transpondo barreiras físicas, permitindo visitas virtuais em lugares de difícil acesso e despertando em todos a importância da preservação”.
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