Em competição contra Circle e Tether, Paxos comprova reservas de sua stablecoin
Stablecoins privadas, apesar de sua centralização, impulsionaram as pesquisas realizadas por bancos centrais em termos de moedas digitais (Imagem: Medium/Paxos)
Ontem (21), em uma publicação em blog, a Paxos divulgou que seu par de stablecoins – Paxos Standard (PAX) e Binance USD (BUSD) – têm 96% de garantia em dinheiro físico e em investimentos de liquidez imediata.
Essa informação contrasta com informes recentes das operadoras líderes de stablecoins lastreadas em dólar, a Tether (USDT) e a Circle (USDC) – uma comparação proposta pela Paxos em sua publicação.
De fato, a publicação pode ser vista como uma chamada da Paxos aos concorrentes do crescente ecossistema de stablecoins. USDT e USDC são as maiores stablecoins em termos de fornecimento das criptomoedas, seguidas pela BUSD.
“As reservas de USD Coin e Tether não são monitoradas amplamente por nenhuma reguladora financeira”, afirma a publicação, antes de indicar comunicados recentes em que esses tokens apresentam garantias de 61% e 2,9% em dinheiro físico, respectivamente.
Enfrentando novas exigências e fiscalizações após um acordo com a Procuradoria Geral de Nova York (NYAG), a Tether divulgou em detalhes, pela primeira vez, um relatório com as reservas de USDT em maio.
Operadoras de stablecoins nos Estados Unidos não estão sujeitas ao regime regulatório federal comum. Ao invés disso, essas operadoras são regulamentadas dentro de um “conjunto de retalhos” de diversas entidades estaduais; dentre essas, a de Nova York é a mais importante.
A NYAG baniu a Tether de operar no estado. Enquanto isso, a Circle opera sob a licença temporária BitLicense, e a Paxos, sob um registro fiduciário, ambas concedidas pelo Departamento de Serviços Financeiros de Nova York (NYDFS).
Ao mesmo tempo, reguladoras federais estão monitorando de perto as iniciativas de transparência dessas empresas enquanto tentam elaborar uma estratégia entre várias agências.
Essas ações parecem ter ganhado velocidade considerável a partir de 2023, na divulgação da Libra, agora conhecida como Diem, o que gerou uma forte resposta regulatória em todo o mundo e foi recentemente manifestada em propostas na União Europeia e no Congresso americano.
Stablecoins privadas também impulsionaram os trabalhos realizados em bancos centrais para novos tipos de moedas digitais.
Alguns preveem que um ecossistema funcional de stablecoins privadas regulamentadas tornaria desnecessária uma moeda digital emitida pelo banco central (CBDC) dos Estados Unidos.
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