Ferramenta usada por cibercriminosos é suspensa após destaque na imprensa

Cibersegurança privacidade internet

A Antianalysis atraiu um grande interesse da imprensa nos últimos dias, após a empresa analista de blockchain Elliptic ter destacado sua existência em uma publicação em um blog, na última sexta-feira (13) (Imagem: Freepik)

Antianalysis, serviço desenvolvido para ajudar usuários da Dark Web a identificar endereços de bitcoin (BTC) comprometidos, foi suspenso após chamar a atenção de agências estatais americanas. 

A ferramenta atraiu um grande interesse da imprensa nos últimos dias, após a empresa analista de blockchain Elliptic ter destacado sua existência em uma publicação em um blog, no dia 13 de agosto.

Nesta manhã (16), o cofundador da Elliptic, Tom Robinson, tuitou as capturas de tela, mostrando que o site havia sido suspenso.

“Lamento informar que, após a grande exposição pela imprensa, a Antianalysis chamou a atenção de agências estatais”, escreveu o fundador da ferramenta em um fórum na Dark Web.

A declaração, em seguida, explicou que a fonte de dados da Antianalysis – a qual é usada para verificar se endereços de bitcoin podem estar ligados a atividades criminosas – havia sido suspensa por seu fornecedor. 

Em 13 de agosto, Robinson escreveu em um tuíte que os resultados produzidos pela Antianalysis são “idênticos àqueles fornecidos pela AMLBot – a qual é uma revendedora para Crystal Blockchain, fornecedora de análises.”

O criador da Antianalysis, identificado pelo pseudônimo “Pharoah”, afirmou na publicação no fórum da Dark Web que o serviço foi “temporariamente suspenso”, enquanto tenta solucionar o problema com os dados.

Atualmente, no site da ferramenta, que opera no serviço anônimo da internet Tor, consta um comunicado de “serviço suspenso”.

Em uma declaração enviada a Joe Tidy, repórter da BBC, Pharoah escreveu:

Nossa equipe acredita que, no atual mundo democrático, todo ser humano tem o direito de fazer o que quiser e ter total controle de sua privacidade, desde que não viole os direitos individuais de outras pessoas.

Nós nos consideramos ativistas que não aprovam agências estatais conduzindo vigilância em massa sob os nomes de segurança nacional e investigações criminais.

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