Cientistas questionam evidências usadas por EUA para dose de reforço de vacinas contra Covid

A dose adicional será oferecida a pessoas que receberam a imunização inicial pelo menos oito meses antes (Imagem: Pixabay/ulleo)

O plano do governo do presidente dos 💥️Estados Unidos, 💥️Joe Biden, de oferecer doses de reforço de vacinas contra a 💥️Covid-19 é fundado em preocupações de que a queda na capacidade da 💥️vacina de proteger contra infecções mais leves também representaria menor proteção contra quadros mais graves da doença, uma premissa que ainda precisa ser comprovada, afirmaram cientistas nesta quinta-feira.

Autoridades norte-americanas citaram dados sobre queda na proteção contra quadros leves e moderados de Covid-19 das vacinas da 💥️Pfizer-BioNTech e 💥️Moderna mais de seis meses após a imunização, e disseram na quarta-feira que doses de reforço serão disponibilizadas amplamente a partir de 20 de setembro.

A dose adicional será oferecida a pessoas que receberam a imunização inicial pelo menos oito meses antes.

“Dados recentes deixam claro que a proteção contra quadros leves e moderados da doença caiu ao longo do tempo. Isso é provavelmente devido tanto à queda de imunidade como à força da variante Delta”, afirmou o conselheiro de saúde da Casa Branca Vivek Murthy a jornalistas.

“Estamos preocupados que essa tendência de queda que estamos vendo possa continuar nos próximos meses, o que pode levar a uma proteção reduzida contra quadros graves da doença, hospitalizações e mortes”, acrescentou.

Os dados sobre as infecções em pessoas vacinadas mostram que os norte-americanos mais velhos até agora são os mais vulneráveis aos quadros graves da doença.

Até o dia 9 de agosto, cerca de 74% das 8.054 pessoas vacinadas hospitalizadas com a Covid-19 tinham mais de 65 anos de idade, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Quase 20% desses casos ocasionaram em mortes.

De acordo com os dados disponíveis sobre proteção vacinal, não está claro se pessoas mais jovens e mais saudáveis estarão em risco.

“Não sabemos se isso se traduz em um problema para a vacina fazer o que é mais importante, que é proteger contra hospitalização, morte e doenças graves. Sobre isso, ainda não há veredicto”, disse Jesse Goodman, especialista em doenças infecciosas da Universidade de Georgetown, em Washington, e ex-cientista-chefe da FDA.

Vários países decidiram fornecer vacinas de reforço para adultos mais velhos e pessoas com sistema imunológico fraco.

Autoridades da 💥️União Europeia disseram na quarta-feira que ainda não veem a necessidade de aplicar doses de reforço à população em geral.

Outros especialistas disseram que o plano dos EUA exige uma avaliação completa da FDA e de um painel de consultores externos do CDC.

Uma reunião desses consultores para discutir os reforços marcados para 24 de agosto está sendo remarcada, disse o CDC nesta quinta-feira em seu site.

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