Kepler aponta déficit de mais de 100 mi t de armazenagem de grãos no país em 2022

“A Kepler está estrategicamente posicionada para atender a demanda reprimida do setor de pós-colheita”, disse o executivo, citando o déficit de armazenagem (Imagem: File Photo)

A Kepler Weber, empresa líder no 💥️Brasil na produção de silos para 💥️grãos, vê grande oportunidade de negócios no país, que terá um déficit de armazenagem de mais de 100 milhões de toneladas no ano que vem, caso se confirme a expectativa de safra recorde em 2023/22.

A projeção de déficit considera a perspectiva de uma safra recorde de 297 milhões de toneladas e uma capacidade de armazenagem de 183 milhões de toneladas, conforme números apresentados pelo presidente-executivo da Kepler, Piero Abbondi, durante evento para investidores.

“A Kepler está estrategicamente posicionada para atender a demanda reprimida do setor de pós-colheita”, disse o executivo, citando o déficit de armazenagem.

Em 2023, o déficit de armazenagem somou 76 milhões de toneladas, em ano em que a safra de grãos, especialmente de milho, sofreu uma queda acentuada por conta da seca e geadas.

“O Brasil está longe de poder estocar uma safra”, acrescentou Abbondi, lembrando que outros importantes produtores, como os 💥️Estados Unidos, têm essa condição.

A projeção é de que o déficit de armazenagem seja crescente na próxima década, podendo atingir 276 milhões de toneladas em 2031, caso a produção de grãos cresça para mais de 500 milhões de toneladas, conforme projeção apresentada.

Para o segundo semestre, o CEO ressaltou que a Kepler está com carteira de pedidos “bastante robusta”, e as condições de mercado “são boas”, com expectativa de o produtor expandir a colheita em 2023/22 na esteira de preços favoráveis de commodities.

“Estamos bastante otimistas em relação a 2022”, comentou.

Segundo o superintendente comercial e de marketing da Kepler, João Tadeu Vino, a companhia quer aumentar a sua participação no mercado, atualmente estimada em 40%, mas isso deve ser feito de forma “dosada”, de forma a obter o melhor retorno.

Ele comentou que investimentos em armazenagem podem dar retornos relativamente “rápidos” aos agricultores, em prazos de cinco a oito anos, e há ganhos como o melhor planejamento de comercialização, colheita e transporte da safra.

O diretor financeiro da Kepler, Paulo Polezi, citou que a empresa tem ampliado sua geração de caixa e também o retorno sobre o capital investido (ROIC), fechando o primeiro semestre com este indicador em 44,5%, o maior índice da história da empresa, contra 18,7% no mesmo período de 2023.

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