Ministro da CGU se refere a Simone Tebet como descontrolada e vira investigado em reação da CPI
No início da resposta, Wagner Rosário recomendou à senadora “lesse tudo de novo” alegando que ela havia dito inverdades (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)
O ministro da 💥️Controladoria-Geral da União (CGU), 💥️Wagner Rosário, disse, durante depoimento na 💥️CPI da Covid do 💥️Senado nesta terça-feira que a senadora 💥️Simone Tebet (MDB-MS) estava “totalmente descontrolada”, o que gerou uma forte reação diante da declaração machista, e a comissão decidiu incluí-lo no rol de investigados.
Durante sua fala, Simone Tebet fez uma apresentação pormenorizada do que considera de “incongruências” na atuação da CGU em investigar as irregularidades do contrato do 💥️Ministério da Saúde para a compra de doses da 💥️vacina indiana 💥️Covaxin.
A parlamentar apontou que a CGU atuou somente após a revelação de suspeitas nas tratativas e não preventivamente, podendo impedir o avanço da negociação.
No início da resposta, Wagner Rosário recomendou à senadora “lesse tudo de novo” alegando que ela havia dito inverdades. Ela rebateu-o, pedindo respeito e que estaria se comportando como um “menino mimado”.
Exaltado, o ministro disse que ela havia chamado-o de “engavetador” e depois disse que estava “totalmente descontrolada” ao atacá-lo.
Após esse comentário, Simone e os senadores da CPI reagiram imediatamente, chamando o ministro de “machista” e se iniciou um duro bate-boca.
O ministro, advogados e senadores levantaram-se dos seus lugares e a altercação elevou-se com dedos em riste e declarações fortes.
O presidente da CPI, 💥️Omar Aziz (PSD-AM), decidiu suspender a sessão temporariamente para acalmar os ânimos.
No retorno, já sem a presença de Wagner Rosário na sala da CPI, Omar Aziz decidiu acatar a sugestão feita pelo relator da comissão, 💥️Renan Calheiros (MDB-AL), e incluir Wagner Rosário na lista de investigados do colegiado.
Em entrevista após o fim da reunião, Simone Tebet disse que Rosário havia tentado “passar pano” na questão do contrato da Covaxin e fez uma defesa intransigente e equivocada do governo federal e do Ministério da Saúde. Ela disse que o ministro “não aguentou” e partiu para pronunciamentos e falas infelizes.
Questionada sobre a declaração de descontrole feita por Rosário, a senadora disse que não vai polemizar com esse ponto e destacou que uma eventual investigação por crime de desacato do ministro cabe ao relator da CPI.
Também em entrevista, o senador governista Marcos Rogério (DEM-RO) admitiu que a resposta do ministro foi “fora do tom” e não adequada por se tratar de uma senadora da República. Ainda assim, ele disse que Rosário & a quem considera ter prestado um bom depoimento estava sendo provocado desde o começo da sessão da CPI.
No início da noite, o ministro da CGU divulgou uma mensagem no 💥️Twitter em que afirma ter pedido desculpas pessoalmente à senadora.
“Senadora @SimoneTebetms. Apesar de tê-lo feito pessoalmente, reitero meus pedidos de desculpas caso minhas palavras tenham lhe ofendido. Às vezes, no calor do embate, somos agressivos inconscientemente. Estendo minhas desculpas a todas mulheres que tenham se sentido ofendidas”, disse ele, em sua conta no Twitter.
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