Troca de comando da Ultrapar agrada e ações saltam 9,5%; ex-Cosan assumirá presidência
Marcos Lutz, que já passou pela Cosan (CSAN3), assumirá a presidência em abril de 2023, no lugar de Pedro Wongtschowski (Imagem: Divulgação/Cosan)
A troca de gestores da 💥️Ultrapar (💥️UGPA3) animou o mercado e fez as ações dispararem na sessão desta quinta-feira (23).
Com isso, os papéis subiram 9,51%, a R$ 16,00.
Na última quarta, a companhia divulgou o seu plano de sucessão, que já era esperado pelo mercado, para o conselho de administração, com mudanças relevantes também na gestão dos negócios, incluindo holding e a distribuidora de combustíveis Ipiranga.
Marcos Lutz, que já passou pela 💥️Cosan (💥️CSAN3), assumirá a presidência em abril de 2023, no lugar de Pedro Wongtschowski.
Em janeiro de 2022, o executivo que iniciou carreira no próprio grupo, ficará à frente da Ultrapar, em substituição a Frederico Curado, que deixará a presidência da holding para ocupar a vice-presidência do conselho de administração.
“O Grupo Ultra, com um processo planejado de sucessão e renovação de suas lideranças em preparação para um novo ciclo de crescimento, assegura a continuidade de sua estratégia de foco nos setores de energia e infraestrutura, com ênfase crescente na transição da matriz energética, além do contínuo aperfeiçoamento de seus processos de governança corporativa”, afirmou.
Segundo o analista da 💥️Guide Investimentos, Luis Sales, a notícia é positiva pela necessidade de reestruturação que a rede de distribuição de combustível Ipiranga possui, “tendo em vista a queda de rentabilidade que ela vem apresentando nos últimos anos”.
Para o 💥️Santander, a mudança é um movimento positivo em direção ao processo de renovação da liderança da empresa, “com o objetivo de impulsionar oportunidades de crescimento lucrativo nos setores de energia e infraestrutura, com ênfase crescente na transição energética em curso no Brasil”.
Já a 💥️Ágora Investimentos diz que o mercado vê a Ultrapar necessitando de algumas mudanças estratégicas, que começaram com a empresa reformulando seu portfólio com a venda da 💥️Extrafarma e da 💥️Oxiteno💥️. Porém, os desafios continuam.
“O principal será melhorar a lucratividade da Ipiranga, que tem ficado muito aquém de seus pares. Marcos Lutz é definitivamente um nome forte para liderar essa tarefa, com um histórico poderoso, mas o sucesso dessa reviravolta ainda está para ser visto”, diz.
Dessa forma, a corretora manteve a recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 21 “uma vez que a perspectiva de margem para a Ipiranga neste estágio permanece altamente incerta em nossa visão”.
Ainda de acordo com a Ágora, um gatilho interessante para Ultrapar seria desistir da compra da refinaria de REFAP.
“Embora possa haver algumas vias de criação de valor na aquisição, o cenário político / de risco no Brasil mudou drasticamente este ano e, portanto, o perfil de risco / retorno do ativo se deteriorou”, completa.
Segundo os analistas Vicente Falanga e Ricardo França, ao deixar a compra de lado, a Ultrapar poderia concentrar seus esforços na melhoria das margens da Ipiranga, deixando de lado os combustíveis fósseis e recompensando os acionistas com dividendos.
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