Lagarde, do BCE, promete não reagir com exagero a salto da inflação

Lagarde

“Só vamos reagir a aumentos na inflação que estivermos confiantes que sejam duráveis e reflitam na dinâmica dos preços subjacentes”, disse Lagarde (Imagem: Reuters/Kai Pfaffenbach)

A presidente do 💥️Banco Central Europeu, 💥️Christine Lagarde, minimizou as preocupações com a 💥️inflação nesta terça-feira e prometeu paciência antes de apertar a política monetária, uma vez que o banco está determinado a não reagir de forma exagerada ao que ainda considera um salto temporário nos preços.

Com as pressões inflacionárias crescendo de forma contínua por uma série de fatores, desde preços mais altos de energia até gargalos na oferta, os custos dos 💥️empréstimos na 💥️zona do euro aumentaram nas últimas semanas, com os investidores antecipando suas expectativas de aumento das taxas de 💥️juros.

“O principal desafio é garantir que não reagiremos de forma exagerada aos choques temporários de oferta que não têm influência no médio prazo”, disse ela em conferência do BCE.

“Só vamos reagir a aumentos na inflação que tenhamos confiança de que são duradouros e refletem na dinâmica implícita da alta dos preços”, disse ela. “Não vemos sinais de que esse aumento na inflação esteja se tornando generalizado na 💥️economia.”

A inflação pode subir até 4% no final deste ano, o dobro da taxa-alvo do BCE, mas Lagarde argumentou que, depois, a alta nos preços arrefecerá rapidamente para abaixo da meta do banco e ficará aquém dos 2% nos próximos anos.

“O fato de a inflação poder se mover moderadamente acima da meta por um período transitório nos permite ser pacientes quanto ao endurecimento da política (monetária) até termos certeza de que tal melhora será sustentada”, disse ela.

“Ainda precisamos de uma postura acomodatícia de política monetária para sair da pandemia com segurança e trazer a inflação de volta a 2% de forma sustentada.”

Uma grande mudança de política monetária ainda é esperada em dezembro, quando o banco provavelmente decidirá encerrar o esquema de estímulo emergencial da pandemia de 1,85 trilhão de euros.

A grande questão, portanto, será se mais medidas serão implementadas para compensar a lacuna.

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