Alemã TÜV SÜD é acusada de fugir de responsabilidade sobre Brumadinho em corte na Alemanha

Brumadinho

“A TÜV Süd está se esquivando de sua grave responsabilidade e não vai nos ajudar a reconstruir nosso pequeno município”, disse Avimar Barcelos, o prefeito de Brumadinho (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

A alemã 💥️TÜV Süd foi acusada nesta terça-feira de fugir de suas responsabilidades sobre seu suposto papel no colapso mortal da barragem da 💥️Vale (💥️VALE3) em 💥️Brumadinho (💥️MG), em 2023, quando requerentes brasileiros abriram o primeiro processo civil na 💥️Alemanha sobre o desastre.

O município de Brumadinho e a família de uma das vítimas alegam que a empresa foi responsável pela certificação da barragem de Brumadinho, quatro meses antes de seu rompimento que ocorreu janeiro de 2023, desencadeando uma maré de rejeitos de 💥️mineração que matou 270 pessoas no desastre de mineração mais mortal do país.

“A TÜV Süd está se esquivando de sua grave responsabilidade e não vai nos ajudar a reconstruir nosso pequeno município”, disse Avimar Barcelos, o prefeito de Brumadinho, ao tribunal.

“Eles deveriam vir (ao 💥️Brasil) e ver o que eles fizeram.”

Os advogados da TÜV Süd, sediada em Munique, lamentaram a catástrofe, mas disseram ao tribunal que a empresa não era a responsável, observando que a Vale, uma das maiores produtoras globais de 💥️minério de ferro, concordou em pagar indenização de 6 bilhões de euros.

“É o operador da barragem o responsável por sua estabilidade”, disse Philipp Hanfland, um dos advogados da TÜV Süd.

A Vale não estava imediatamente disponível para comentar.

Mas Jens Spangenberg, representando os reclamantes junto com o escritório de advocacia PGMBM, disse que o acesso à justiça no Brasil é lento.

Até o momento, o Estado de Minas Gerais entregou ao distrito 160 mil euros & e 70% da lama ainda não foi removida, disse ele.

Os sete demandantes, incluindo os pais, três irmãos e marido da engenheira da Vale Izabela Barroso Cãmara Pinto, exigem cerca de meio milhão de euros de indenização da empresa.

Os advogados dos reclamantes afirmam que, se o caso for bem-sucedido, cerca de 1.200 outras pessoas, que perderam parentes ou foram diretamente afetadas pelo rompimento da barragem, podem iniciar ações judiciais que podem gerar danos de bilhões de euros.

A próxima audiência está marcada para fevereiro de 2022.

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