Para robôs do Itaú, Ibovespa pode estar próximo do fundo do poço

Ibovespa

Incorporada pelo Itaú em abril, a Quantamental é dona de 12 robôs que possuem avatares projetados com características semelhantes às de traders. (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O 💥️Ibovespa pode estar próximo do fundo do poço do atual ciclo de queda, indicam os robôs da gestora Quantamental, cujas carteiras são geridas por algoritmos e inteligência artificial. É o que diz Victor Dweck, CEO e um dos fundadores da iniciativa, que faz parte da 💥️Itaú Asset.

Segundo Dweck, a avaliação de que a tendência de queda do Ibovespa está se esgotando é baseada em uma mudança de comportamento de ao menos um dos robôs da Quantamental durante as últimas semanas. A “Leda”, cuja função é detectar tendências, sinaliza uma exposição leve e gradual a algumas ações de varejo, shoppings e construtoras.

“Os nossos robôs, que operam carteiras, começam a ver ações muito baratas, de empresas de setores que sofreram muito com a chegada da Covid-19”, disse Dweck em entrevista ao 💥️Money Times. “Quando eles começam a se posicionar, é de forma pequena. Somos conservadores acima da média”.

Incorporada pelo Itaú em abril, a Quantamental é dona de 12 robôs que possuem avatares projetados com características semelhantes às de traders.

Cada robô sugere uma carteira com base em um foco diferente — analisando relatórios de bancos, seguindo✅ small caps ou acompanhando empresas em recuperação, por exemplo. A gestora monta uma carteira resultante de todas as indicações, materializada com o fundo

A empresa também gere o

Desempenho do Ibovespa nos últimos meses. (TradingView)

💥️Por que os robôs 

O gestor Victor Dweck (arquivo pessoal)

O CEO Victor Dweck (arquivo pessoal).

Dweck era gestor em um ✅family office em 2017, quando começou a estruturar o trabalho conjunto com robôs, colocado em prática início de 2023.

O projeto teve inspiração no londrino Marshall Wace LLP, que há 20 anos coleta, consolida e quantifica informações de corretoras do mundo inteiro, para operar um fundo ✅long short global.

Para o cofundador da Quantamental, o diferencial dos robôs é poder ter cada “✅trader” focado em uma forma de atuação. Na forma convencional, há uma mesa “enorme”, com caixinhas que operam de formas diferentes, diz.

Dweck destaca também a ausência da influência emocional sobre a atuação dos robôs. “A emoção é outro viés clássico do✅ trader humano, que tende a mudar a forma de operar conforme se sente mais confiante, o que é um risco”.

O gestor fala em raras interferências humanas e diz que há também um algoritmo responsável por coletar o que é divulgado na mídia tradicional e redes sociais sobre as empresas, o que ajuda a identificar potenciais riscos que estão fora do radar dos outros algoritmos.

Dweck explica o trabalho da Quantamental como uma gestora que tenta unir análise de dados e experiência humana. “Ao longo da última década, teve um avanço muito grande do uso de dados. Python era uma linguagem [de programação] quase desconhecida”.

O gestor avalia que ainda há bastante espaço para crescimento do uso da análise de dados no mercado financeiro. O diagnóstico tem levado a Quantamental a promover, desde o ano passado, desafios universitários para a elaboração de robôs, que no final podem levar à contratação dos profissionais.

“O principal desafio é promover a gestão quantitativa”, diz Dweck. Em 2023, foram 100 equipes inscritas, com 289 alunos de 46 universidades. A empresa divulga o grupo vencedor no dia 6 de dezembro.

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