BlockFi é investigada pela SEC devido a alto rendimento de produtos de bitcoin e ether
A empresa de serviços cripto com sede em Nova Jersey concede e solicita empréstimos de diversas criptomoedas, incluindo também as stablecoins (Imagem: BlockFi/Divulgação)
Conforme noticiado pelo Decrypt, contas poupança de cripto com alto rendimento da BlockFi estão enfrentando uma crescente pressão das reguladoras americanas, e a Comissão de Valores Mobiliários e de Câmbio (SEC, na sigla em inglês) do país também está investigando a companhia.
A empresa de serviços cripto com sede em Nova Jersey concede e solicita empréstimos de diversas criptomoedas, incluindo também as stablecoins.
Dentre as criptomoedas, estão a primeira e a segunda maiores criptos do mundo – bitcoin (BTC) e ether (ETH) – e, dentre as stablecoins oferecidas, estão a tether (USDT) e a U.S. Dollar Coin (USDC).
De acordo com o Decrypt, atualmente, os usuários podem receber até 9,5% de rendimento em suas reservas de tether, enquanto depósitos em bitcoin geram um rendimento de 4,5%.
No entanto, os altos rendimentos chamaram a atenção da reguladora americana, que está analisando se essas contas, que receberam o nome “BlockFi Interest Accounts”, ou “BIAs, são ou não valores mobiliários.
Segundo o Decrypt, se a Comissão decidir que as contas são valores mobiliários, a empresa de serviços cripto estaria, então, operando os produtos sem o registro necessário.
A SEC não foi a única reguladora que decidiu analisar os produtos da BlockFi. Outras reguladoras financeiras nos estados americanos do Texas, Alabama, Kentucky, Nova Jersey e Vermont também demonstraram preocupações com a companhia.
SEC mira em empréstimos cripto
Apesar de a investigação da Comissão poder levantar preocupações para outros produtos cripto, esta não é a primeira vez que a SEC teve como alvo o setor de concessão e tomada de empréstimos de criptomoedas.
Segundo o Decrypt, em setembro deste ano, a reguladora americana ameaçou processar a corretora cripto Coinbase, caso a companhia decidisse avançar com o desenvolvimento de seu produto de empréstimos cripto, que recebeu o nome de “Lend”.
O produto da corretora possibilitaria que os usuários recebessem 4% de juros sobre suas reservas na stablecoin USDC. No entanto, após a ameaça da SEC, a Coinbase decidiu voltar atrás no lançamento do produto.
Porém, o alvo da SEC não está somente em empresas de empréstimos cripto centralizadas. De acordo com o Decrypt, o presidente da reguladora, Gary Gensler, voltou sua atenção ao setor de finanças descentralizadas (DeFi).
A inclusão desse setor no radar da SEC poderá afetar futuramente projetos descentralizados, como Aave (AAVE) e Compound (COMP), que oferecem produtos de rendimentos semelhantes aos da BlockFi.
Quanto a esse tópico, Gensler afirmou que as plataformas de finanças descentralizadas podem estar sob o domínio não só de leis ligadas a valores mobiliários, mas também de outras legislações que dizem respeito a commodities e a serviços bancários.
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