Magalu vai investir na produção nacional de jogos eletrônicos
São games de curta duração para jogar no ônibus, por exemplo, e que têm um tempo de desenvolvimento menor (Imagem: Money Times/ Gustavo Kahil)
O 💥️Magazine Luiza (💥️MGLU3) anuncia hoje sua entrada no mercado de games, com objetivo de expandir serviços e produtos em seu app, revelou a 💥️empresa ao Estadão.
A iniciativa aproxima a companhia de gigantes internacionais, como as chinesas 💥️Alibaba e 💥️Tencent e a americana 💥️Amazon (💥️AMZN), que têm apostado na produção de jogos eletrônicos para acelerar o crescimento de suas plataformas.
Como “publisher”, o Magalu irá investir em games feitos por estúdios brasileiros, ainda em produção ou já prontos. A seleção será feita por meio de um edital público, que irá destinar R$ 100 mil a três projetos.
A empresa aposta nos chamados jogos “hipercasuais”, que podem ser acessados nas lojas de aplicativos dos smartphones, como 💥️iPhone e Android, e que têm como objetivo a simplicidade na narrativa & um exemplo já clássico desse gênero é o Candy Crush.
“São games de curta duração para jogar no ônibus, por exemplo, e que têm um tempo de desenvolvimento menor”, explica Thiago Catoto, diretor do Luiza Labs, o braço de inovação do Magalu.
Para a varejista, a iniciativa dá um empurrão em um setor com muitos consumidores, mas poucos produtores no Brasil. “Nosso objetivo é fomentar a indústria nacional e temos o interesse de trazer mais empresas para esse segmento. Estamos começando a nossa jornada em games por esses pequenos desenvolvedores.”
O movimento acontece após a companhia realizar a aquisição de marcas como os sites Canaltech e Jovem Nerd e também a plataforma de e-commerce Kabum & todos ligados à tecnologia e ao mundo dos games.
Inspiração
A estratégia do Magalu é similar ao que as varejistas internacionais já vêm fazendo nos últimos anos. A Amazon possui um estúdio próprio de desenvolvimento de games.
Já a Tencent é conhecida por ser o maior estúdio de games do mundo, com investimento em empresas como Epic Games, Riot e Blizzard.
“Esse mercado é muito rentável, gera um engajamento muito grande e tem um tempo de conexão muito grande com os consumidores”, observa Eduardo Yamashita, sócio da consultoria GS&Gouvêa. “Esse anúncio é de uma sinergia muito grande com o próprio ecossistema do Magalu.”
Além disso, a iniciativa pode ser um canal de diálogo direto com os consumidores mais jovens, em especial os nascidos nos anos 2000 (a geração Z).
Para Fernando Baialuna, diretor de negócios e varejo da consultoria GfK, esse é um público que será decisivo para manter o ritmo de crescimento da varejista nos próximos anos.
É do Brasil
Para o presidente da Associação Nacional de Games, Rodrigo Terra, a entrada do Magalu no setor pode ser benéfica para impulsionar a criação de jogos nacionais, que encontram dificuldades devido à falta de espaço.
“Isso traz uma visibilidade importante para a indústria brasileira. O Brasil é um dos maiores mercados do mundo de consumo de jogos para telefones celulares. Ao começar essa estratégia por jogos hipercasuais, o Magalu vai para o segmento de maior rentabilidade”, diz Terra.
Como destaque no setor, o Brasil tem a desenvolvedora WildLife, único unicórnio brasileiro (avaliação de mercado superior a US$ 1 bilhão) da categoria, e o estúdio Aquiris, conhecido por Horizon Chase e, mais recentemente, pelo jogo Wonderbox, exclusivo no Apple Arcade, a plataforma de games da dona do iPhone.
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