Café fica cada vez mais caro e bate no pico de 10 anos por desabastecimento global
Prepare o bolso, pois a próxima safra cafeeira vai ser apenas menos ruim (Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil)
No dia 19, o café arábica flertou com máximas de 10 anos na bolsa de commodities de Nova York. Nesta terça (23) o ativo conseguiu e fechou em 242,05 cents de dólar por libra-peso, arrastando uma alta acima de 4%.
Ontem, houve um intervalo para realização de lucros, mas a sequência de valorização recorde parece que tem mais fôlego pela frente tomando a situação do Brasil como o maior provedor global, além de outros atores com entregas menores.
Sobre a quebra da safra colhida este ano no Brasil, em torno dos 19% a 20%, para chegar aos 56 milhões de sacas, segundo algumas análises conhecidas (a Conab já havia falado em até 48 milhões/sc), paira agora dúvidas sobre a recuperação da próxima campanha.
As chuvas voltaram a ficar irregulares no cinturão cafeeiro mineiro e lança temores sobre a qualidade da florada, período crucial, neste momento, para determinar o volume.
Na mesma época de 2023, o cenário de seca nos meses anteriores já deixava a marca na florada. Depois o verão não foi dos melhores, a estiagem veio mais cedo, e as geadas completaram o estrago.
Se já seria difícil que houvesse reequilíbrio, mesmo sendo um período positivo da bienalidade da cultura – altera uma safra boa, outra menor -, agora se coloca as projeções ficam mais tímidas. A partir de fevereiro a situação ficará mais cristalizada.
Na ponta da demanda global, as expectativas são melhores, mesmo ao ritmo de um novo alerta de surto da covid-19.
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