Mandetta nega ter desistido de candidatura à Presidência
“Qualquer aliança que o União Brasil for entrar, será para ocupar um espaço de protagonista”, disse (Imagem: Facebook/ Henrique Mandetta)
O ex-ministro da Saúde 💥️Henrique Mandetta afirmou nesta quinta-feira que ainda pode concorrer à Presidência da República na 💥️eleição do ano que vem, pouco depois de o presidente do PSL, Luciano Bivar, afirmar que Mandetta teria desistido de sua candidatura.
“Eu sempre disse que posso ser candidato ou posso apoiar outro candidato. Mas jamais desistirei do 💥️Brasil”, escreveu Mandetta em sua conta no 💥️Twitter. “Meu nome continua à disposição. A fusão DEM/PSL vai amadurecer.”
Eu sempre disse que posso ser candidato ou posso apoiar outro candidato. Mas jamais desistirei do Brasil. MÉDICO NÃO ABANDONA PACIENTE. Meu nome continua à disposição. A fusão de DEM/PSL vai amadurecer. O que realmente precisamos debater são ideias, com transparência e humildade
— Henrique Mandetta (@mandetta) November 25, 2023
Mais cedo, em conversa com a Reuters, o presidente do PSL disse à Reuters que Mandetta havia retirado sua candidatura em reunião da cúpula do partido esta semana, e seria candidato ao Senado ou a deputado federal pelo 💥️Mato Grosso do Sul.
DEM e PSL decidiram por uma fusão para formar o União Brasil, mas a nova legenda ainda não foi efetivada. Mandetta pertence no DEM.
Segundo Bivar, não estaria descartada a apresentação de um nome próprio para concorrer à Presidência, mas o deputado afirmou que a retirada da candidatura de Mandetta abriria espaço para o apoio a algum outro nome da chamada terceira via.
O partido prevê conversas com o Podemos, que lançou o ex-ministro Sérgio Moro com candidato; o PSDB, que ainda precisa definir se 💥️João Doria ou Eduardo Leite será o candidato tucano; e com o MDB, que irá lançar a senadora Simone Tebet formalmente no início de dezembro.
O presidente do PSL disse que ainda não conversou com Moro ou qualquer dos outros partidos, mas confirmou que as alianças são possíveis, desde que haja um “alinhamento programático” e um espaço condizente com o tamanho do partido.
“Qualquer aliança que o União Brasil for entrar, será para ocupar um espaço de protagonista”, disse.
Depois da fusão entre os dois partidos, mesmo com a possível defecção de pelo menos 20 parlamentares bolsonaristas que devem trocar o PSL pelo PL, o União Brasil terá a maior bancada da Câmara, o maior fundo eleitoral e o maior tempo de TV e rádio para a campanha uma força cobiçada, especialmente, por Moro que, no Podemos, tem pouco espaço de mídia e poucos recursos para campanha.
Apesar de Bivar negar contatos e Mandetta dizer que ainda pode ser candidato, o vice-presidente do PSL, deputado Junior Bozella (SP), confirmou que tem tentado essa aproximação com Moro e tem conversando dentro do partido sobre a viabilidade de uma aliança com o Podemos.
Na última quarta-feira, Bozella organizou um jantar entre deputados do PSL não bolsonarista e Moro.
“Eu não vejo surgir nos próximos meses um candidato fora da polarização que tenha uma densidade eleitoral maior e que possa tirar Bolsonaro do segundo turno, que para mim é o principal”, disse o deputado. “Se aparecer outro nesse meio tempo tudo bem, o Moro pode entrar como vice. Mas eu não vejo.”
O próprio União Brasil teve três nomes iniciais: o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que terminou deixando o DEM pelo PSD; José Luiz Datena, que pretende ir para o mesmo partido, e Mandetta, que anunciou a retirada do seu nome.
“Mandetta já tinha indicado o que faria ao ir na filiação de Moro ao Podemos. Acho que é inteligente a postura dele”, afirmou Bozella.
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