Safra ‘cheia’ de soja só o Brasil garante até agora; quadro argentino complicado pode entrar no preço
Plantio garantido em melhores condições somente o Brasil apresenta até o momento (Imagem: Reuters/Tom Polansek)
Enquanto as tradings e produtores de 💥️soja acompanham de perto as condições que a China está impondo às suas importações, ainda abaixo do potencial que era aguardado para esta época do ano, entra no radar a 💥️safra da América do Sul.
O clima é o fiel da balança, depois que a colheita americana se encerrou e o peso do grão produzido abaixo do Equador ganha mais força em Chicago.
Por enquanto, o único que garante uma safra “cheia” é o Brasil, mesmo que o cenário do Rio Grande do Sul seja indesejável e, assim, se mantenha, até o final do plantio.
Do lado 💥️argentino é que estão as piores previsões.
A pasta da Agricultura do país estimou em 16,3 milhões de hectares, queda de 1,8% sobre o plantado na campanha 20/21, mas os números começam a ser revistos.
Como outros analistas, Vlamir Brandalizze coloca em dúvida se chegará, mesmo, a 16 milhões/ha, ante chuvas muito irregulares e afetando o plantio.
Quanto ao volume, sobre os 46 milhões/t do ciclo anterior, a estimativa de que chegasse ao redor de 45 milhões agora também entra em dúvida. Longe das 49 milhões/t de 19/20.
Se o quadro negativo se consolidar, deverá chegar positivamente aos preços de Chicago, inclusive pela menor oferta de farelo, um dos fortes mercados do país vizinho.
O 💥️Paraguai, o terceiro maior produtor sul-americano, está prevendo 12 milhões/t, em 4,2 milhões/ha, pouco acima da última. Ainda á irregularidade hídrica em algumas regiões, mas no geral Brandalizze acredita que as condições estão se mantendo.
O risco é continuidade por mais tempo e ampliação regional da seca.
Para o Brasil, vale repetir aqui em 💥️Money Times: mesmo que a seca siga prejudicando o Rio Grande do Sul, e se consolide ao final da semeadura, o potencial brasileiro é de 145 milhões/t, em cerca de 40,5 milhões/ha. Já seria recorde.
O CEO da Brandalizze Consulting estima que, ao contrário, o clima volte a favorecer os gaúchos, que ainda têm 30% de área para plantar, dará para recuperar alguma coisa e o País saltará para 150 milhões/t.
Em 20/21, o ciclo rendeu 138,5 milhões.
Nas demais regiões, nos últimos dias houve alguma irregularidade nas chuvas, mas, no geral, está indo bem em estados chaves e que praticamente concluíram o plantio, como Mato Grosso e Paraná.
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