Senadores querem afastar secretário que defendeu cloroquina em nota técnica do Ministério da Saúde

Cloroquina

Tanto o uso da hidroxicloroquina como a adoção do tratamento precoce são amplamente rechaçados e contraindicados por especialistas e tampouco têm aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) (Imagem: Reuters/Diego Vara)

Senadores que integraram a 💥️CPI da 💥️Covid do 💥️Senado lançaram uma ofensiva e querem, entre outras medidas, o afastamento do secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do 💥️Ministério da Saúde, Hélio Angotti Netto, após uma nota técnica assinada por ele ter dito que as vacinas contra a Covid-19 não possuem efetividade e segurança e que a hidroxicloroquina tem.

A posição de Angotti foi externada em um documento no qual ele apresenta justificativas para rejeitar protocolo aprovado pela 💥️Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) que contraindica o uso do chamado tratamento precoce em pacientes que não estão internados.

Tanto o uso da hidroxicloroquina como a adoção do tratamento precoce são amplamente rechaçados e contraindicados por especialistas e tampouco têm aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Ex-vice-presidente da CPI💥️, Randolfe Rodrigues (PT-AP) disse no Twitter que vai acionar o Supremo Tribunal Federal para retirar o secretário do cargo e suspender a nota técnica do ministério que “propaga fake news, atacando a vacina e, em desacordo com a ciência, promove remédios ineficazes contra a Covid-19!”

“Não podemos deixar que eles tratem a vida como brincadeira!”, criticou.

“Além disso, vamos pedir o afastamento do secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos da pasta, Hélio Angotti. Não há espaço para esses negacionistas insanos, especialmente quando se trata da vida do povo brasileiro!”, reforçou.

Procurado, o Ministério da Saúde não se manifestou de imediato a pedido de comentário.

O ex-relator da comissão de inquérito da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou na mesma rede social que o secretário é um “delinquente conhecido da CPI”. “Foi indiciado e o país aguarda as providências das instituições. Assinada por Angotti, a nota não tem outra qualificação possível: é homicídio doloso”, afirmou.

Em outubro, o relatório final da CPI sugeriu ao Ministério Pública o indiciamento de Angotti por epidemia com resultado morte e incitação ao crime, mas até o momento não se há notícia de qualquer desdobramento efetivo dos trabalhos do colegiado.

Ex-ministro da Saúde e também ex-titular da CPI, o senador Humberto Costa (PT-PE) disse no Twitter que apresentará nesta segunda-feira à Comissão de Direitos Humanos do Senado um pedido de convocação do secretário para se pronunciar. Segundo o petista, a posição dele não tem nenhuma base científica.

O Senado está em recesso parlamentar e volta a funcionar no início de fevereiro, na próxima semana.

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