Térmica de 600 MW no AM pode ser reavaliada mesmo sem Urucu, diz Eneva

Eneva

(Imagem: REUTERS/Agustin Marcarian)

A 💥️Eneva (💥️ENEV3) não desistiu da construção de uma termelétrica de 600 megawatts em 💥️Manaus, no Amazonas, apesar das negociações com a Petrobras sobre o Polo de Urucu não terem ido para frente. Mas o projeto teve o ritmo reduzido diante de outras prioridades, informou o diretor de Novos Negócios, Marcelo Lopes, durante o Eneva Investor Day.

Ele admitiu que até mesmo a compra de Urucu poderá ser repensada no futuro, se a 💥️Petrobras (💥️PETR4) retomar o processo de venda por um valor mais adequado. “Urucu continua no radar da companhia, foi uma questão de mudança de prioridade”, disse Lopes no evento virtual.

Segundo a própria Eneva, as negociações com a Petrobras fracassaram por conta da disparada do preço do petróleo e pelo aumento das reservas próprias.

De acordo com o executivo, na região Norte as prioridades da Eneva agora são a monetização do projeto Azulão-Jaguatirica, que reproduz o sistema Reservoir-to-widare (R2W) já utilizado pela empresa, com termelétricas construídas perto da produção do gás, e Juruá, na bacia do Solimões, onde adquiriu sete blocos em 2023.

“Acredito no potencial da região Norte e no nosso fundamento de que mercado de geração termelétrica, ou seja, a demanda de geração termelétrica do sistema interligado vai ser uma das principais destinações do gás na região”, disse Lopes. “A gente já monetizou Azulão 1 no primeiro leilão de capacidade que aconteceu no ano passado, a gente gostou muito desse modelo de leilão porque traz uma capacidade de gestão do reservatório muito interessante”, complementou.

Segundo ele, a expectativa é de que o complexo termelétrico de Azulão-Jaguatirica participe dos leilões de energia em 2022 e 2023. O plano é acrescentar 1 gigawatt de geração térmica “no coração da Amazônia” com Azulão.

“O parque hídrico no Norte do Brasil é a fio d’água, sempre vai precisar das termelétricas, além da intermitência das renováveis. Mesmo que em Boa Vista seja interligado ao SIN, ainda terá questões para equilibrar (o abastecimento de energia) na ponta”, destacou o diretor de Operações da Eneva, Lino Cançado.

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