Rodolfo Amstalden: BBM & Estamos diante de um Black Bull Market
“Para ficar mais clara a dimensão, a Rússia é responsável por um a cada 10 barris de petróleo no mundo”, diz o colunista (Imagem: YouTube/ Empiricus)
Nada é permanente. Quando o cenário muda, é preciso alterar a estratégia. Essa é uma prática importantíssima para quem quer ter êxito com a carteira de investimentos.
O preço do petróleo no mercado internacional já vinha em trajetória de alta por conta do descasamento entre a oferta e a demanda em função da retomada da economia após a fase mais crítica da pandemia de Covid-19.
O agravante foi o início desordenado de uma transição para a matriz energética mais limpa. Os Estados Unidos proibiu a perfuração de novos poços de petróleo e outras nações desenvolvidas também desaceleraram os investimentos no setor.
Então, quando a atividade econômica mundial voltou a crescer, a oferta da commodity não acompanhou no mesmo ritmo.
Por isso, aqui na Empiricus recomendamos há alguns meses o investimento em petróleo e agora, mais do que nunca, reiteramos essa indicação.
Surgiu um fator relevante de pressão sobre as cotações do combustível fóssil: a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Na quinta-feira passada, com o ataque russo, o preço do barril do petróleo tipo Brent superou a marca de US$ 100, o maior patamar em sete anos.
E o fato é que deve persistir em níveis elevados.
A Rússia é um dos principais players do mercado global de energia: é o maior exportador de gás natural e o segundo maior exportador de petróleo, com cerca de 11% do market share mundial. Ela produz cerca de 11 milhões de barris por dia.
Para ficar mais clara a dimensão, a Rússia é responsável por um a cada 10 barris de petróleo no mundo.
Como se sabe, o país tem entre os seus principais clientes nações relevantes da Europa Ocidental, como a Alemanha, hoje o principal membro da União Europeia e, consequentemente, voz forte dentro da Otan.
Então, as retaliações e sanções ocidentais, lideradas por americanos e europeus, podem levar a Rússia a restringir a oferta, mais um gatilho de elevação do preço do petróleo.
Em função desse conflito estamos revisando nossas carteiras. De forma geral, buscamos maior exposição em ativos de qualidade, commodities energéticas, agrícolas e proteções como dólar e metais preciosos, especialmente ouro e prata.
Portanto, entre as mudanças, um aumento comedido da exposição no setor petrolífero.
Por exemplo, na Carteira Empiricus, uma estratégia diversificada entre as diversas classes de ativos, aumentamos em 1,5 ponto percentual a alocação no ETF Vanguard Energy (NYSE: VDE), passando para 4% do total.
Esse fundo de índice acompanha o desempenho das maiores produtoras de petróleo do mundo.
Na Carteira Empiricus, também constam 3R (RRRP3) e Petrobras (PETR4).
Um caminho simplificado
Esses ativos que eu mencionei fazem parte do fundo Vitreo Petróleo, uma forma muito prática de investir no setor petrolífero.
O que tem no fundo:
É possível investir nesse combo em reais, sem precisar abrir conta no exterior, com a vantagem de ter a gestão de experts no mercado.
E você não precisa de muito dinheiro para aproveitar o ciclo de alta do petróleo, pois o aporte mínimo é de R$ 100.
É isso…vamos continuar acompanhando os desdobramentos da guerra entre Rússia e Ucrânia e suas implicações na economia mundial.
Um abraço!
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