Pré-Mercado: Entre temores pandêmicos e de guerra

O risco de escalada da guerra permanece no radar | O Bombardeio (2022)

💥️Oportunidades do dia

[Estreia hoje] Semana da Super Renda Fixa

Hoje é a estreia da Semana da Super Renda Fixa, a campanha da Vitreo que, por meio de títulos inéditos e vantajosos somados à melhor política de cashback do mercado, tem o objetivo de proporcionar rendimentos de pelo menos 1% ao mês. Nesse mesmo e-mail a partir das 10h você receberá essas oportunidades (e o título de hoje está imperdível…). Não perca!

[ATENÇÃO AO SEU E-MAIL ÀS 10h]

Trade do dia

SMTO3: [Entrada] R$ 45.65; [Alvo parcial] R$ 46.89; [Alvo] R$ 47.95; [Stop] R$ 44.06

Papel encontra-se em tendência de alta e a análise via price action indica continuação do momentum positivo.

Observações:

1) Esta recomendação é válida apenas para o pregão de hoje. 

2)  Caso haja um gap de alta na abertura, considerar este como novo preço de entrada.

3) Assim que o alvo parcial for atingido, o stop deve ser colocado no preço de entrada.

4) Se o valor do stop for atingido primeiro, a operação deve ser encerrada imediatamente. 

💥️Bom dia, pessoal!

Quando os investidores pensavam que a pandemia já era uma página virada, a cidade chinesa de Shenzhen colocou de pé mais um lockdown por pelo menos uma semana para combater a Covid-19. Em resposta, já tensionados por incertezas derivadas da guerra, os mercados asiáticos caíram nesta segunda-feira (14).

Por enquanto, o movimento parece ter pouco efeito sobre os ativos europeus, que sustentam uma alta nesta manhã. Ainda assim, os mercados parecem estar receosos com a eficácia da política de tolerância zero e o potencial para interrupções futuras. Em linha com as ações europeias, os futuros americanos começam a semana subindo.

No Brasil, a partir desta segunda-feira (14/03), a B3 volta a encerrar suas negociações às 17 horas, com o início do horário de verão nos EUA. Assim, as negociações do after market para o mercado de ações, que estavam suspensas, voltam a ocorrer. O Brasil e os EUA focam suas atenções para as reuniões de seus respectivos BCs.

A ver…

Se preparando para a reunião do Copom

Para a semana, o presidente Bolsonaro poderá sancionar lei que trata do ICMS sobre combustíveis, enquanto governadores, irritados com a medida, podem questionar a norma junto ao STF. Paralelamente, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) volta a discutir a reforma tributária, mas o mercado não coloca no preço uma probabilidade alta de tal movimentação ganhar contornos mais efetivos em pleno ano eleitoral.

Tudo isso poderá soar secundário nos próximos dias frente ao devido destaque dado às reuniões de política monetária dos BCs do Brasil e dos EUA, com ambos divulgando decisão na quarta-feira (16). Os encontros se darão em meio à escalada da guerra na Ucrânia — durante o final de semana, os alertas de uso de armas químicas, os ataques russos muito perto da fronteira com a Polônia e a possibilidade de ajuda militar chinesa soaram como um sinal de que as coisas ainda podem piorar bastante.

Sem sucesso nas tentativas de negociação diplomática, o impacto mais notável na guerra no mundo ocidental é o da alta dos combustíveis e dos alimentos, que pressiona a inflação e faz com que o mercado projete juros mais elevados. A nossa Selic deverá subir algo entre 100 e 125 pontos-base. Eventuais surpresas mais agressivas poderão ter efeito negativo no mercado amanhã. O comunicado que acompanha a decisão também será importante para precificarmos a Selic terminal.

E esse Fed, hein?

Nos EUA, os mercados aguardam a decisão do Federal Reserve na tarde de quarta-feira. É consenso entre os investidores a expectativa de que o Fomc iniciará o aperto com alta de 25 pontos-base, em linha com o direcionamento informado por Jerome Powell, presidente da autoridade monetária, junto ao Congresso recentemente.

Seria o primeiro aumento do Fed desde 2018, que se dá em meio às pressões de um movimento mais ousado por parte de outros Fed boys, de algo como 50 pontos-base. Contudo, há pouco que um banco central possa fazer sobre os preços das commodities. Neste sentido, subir demais os juros mais atrapalha do que ajuda.

Rússia em complicações

Em 15 dias a Rússia se tornou o país mais sancionado do mundo. A destruição econômica poderá ter impacto da ordem de pelo menos 15% do PIB. Isso sem que antecipemos mais movimentos por parte das nações ocidentais. Aliás, as ameaças russas e a falta de entendimento diplomático reforçam os receios de uma resposta da Otan, de consequências imprevisíveis — a escalada para um conflito direto com o Ocidente não é impossível.

Para se ter um pouco de noção da gravidade do problema, o FMI afirmou que um calote russo não é mais improvável — não seria uma questão de solvência, mas de liquidez, uma vez que a Rússia não pode mais acessar suas próprias reservas (metade das reservas cambiais foram congeladas por sanções, enquanto a outra metade também foi afetada, uma vez que os bancos globais são impedidos de negociar com o governo russo). Espera-se, porém, que isso não desencadeie um problema sistêmico.

Anote aí!

A agenda de hoje, especificamente, está um pouco esvaziada. Na Europa, os investidores contam com alguns indicadores de preços, mas todos ainda sem discriminar os efeitos da guerra. Nos EUA, expectativas são formadas para que nos próximos dias possamos absorver o índice de preços ao produtor, na terça-feira, e a reunião do Fed, na quarta — vendas no varejo e o principal índice econômico do Conference Board também são aguardados para a semana.

Por aqui, seguimos com a temporada de resultados, enquanto avaliamos o Boletim Focus e aguardamos pela participação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em evento promovido pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS) — qualquer sinalização sobre a reunião de quarta poderá ter efeitos sobre o mercado. Por fim, a Confederação Nacional da Indústria divulga o Índice de Confiança do Empresário Industrial.

Muda o que na minha vida?

Já são um pouco mais de duas semanas de conflito na Ucrânia. Na esteira de tais acontecimentos, a Rússia pode ver uma oportunidade de armar uma escassez global de petróleo, alertando os adversários de que o petróleo de US$ 300 por barril está chegando se eles não recuarem nas sanções. Não entendemos como provável um petróleo de US$ 300, mas um valor de US$ 150 já seria bastante problemático e não está distante.

De qualquer forma, substituir o petróleo russo perdido não será simples, mesmo que os produtores americanos e europeus fossem parceiros dispostos, em partes porque, atualmente, nem os EUA e a Europa podem igualar a Rússia barril por barril. Estima-se que os americanos, por exemplo, poderiam adicionar 760 mil barris diários este ano, ou cerca de um sexto das exportações globais da Rússia.

O petróleo russo representou cerca de 10% das importações de petróleo dos EUA no ano passado. Teme-se, portanto, que os preços elevados da energia possam impedir a recuperação pós-pandemia, até mesmo potencialmente desencadeando uma recessão. Justamente por isso uma recessão não parece mais ser descartada.

Em outras palavras, acredita-se que as sanções à Rússia podem causar uma queda potencialmente grande na oferta global de petróleo, a qual poderia redesenhar o mapa global de energia. No curto prazo, lidar com tal choque de oferta exigiria a ajuda combinada de reservas estratégicas, de países da Opep e do Irã. No médio prazo, esse choque provavelmente acelerará a busca por eletricidade de origem local.

Um abraço,

Jojo Wachsmann

O que você está lendo é [Pré-Mercado: Entre temores pandêmicos e de guerra].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.

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