Petrobras (PETR4): Saiba por que a privatização da estatal não vai pra frente

Petrobras (PETR4) privatização Adriano Pires

Ao oferecer o comando da Petrobras a Pires, Bolsonaro teria prometido privatizá-la num eventual segundo mandato (Imagem: Ag. Senado/ Geraldo Magela)

Na noite de segunda-feira (28), o governo anunciou a indicação do economista 💥️Adriano Pires para o comando da 💥️Petrobras (PETR4), em substituição ao general da reserva 💥️Joaquim Silva e Luna. Para convencer Pires, o presidente 💥️Jair Bolsonaro teria prometido 💥️privatizar a estatal, caso seja reeleito, segundo o ysoke.

De acordo com o ysoke, o presidente afirmou a Pires, defensor aberto da 💥️privatização, que a empresa dava muita “dor de cabeça”, e que se livrar dela seria a melhor opção. Se este foi, de fato, o argumento decisivo para que um dos maiores especialistas brasileiros em energia aceitasse a missão de comandar a maior estatal do país, a pergunta lógica é: afinal, é mesmo possível privatizar a Petrobras? Há condições políticas para isso, ou Pires teria caído no canto da sereia?

Para o cientista político e professor da 💥️FGV Claudio Couto, a privatização seria difícil para qualquer presidente, mas, no caso de Bolsonaro, o cenário é ainda mais improvável, por se tratar de um governo com 💥️má articulação no 💥️Congresso. “Algo assim exige uma capacidade de articulação que esse governo simplesmente não tem”, diz Couto.

Couto acrescenta que a desarticulação é também interna, já que os próprios integrantes do atual governo demonstram discordâncias em torno da privatização da estatal. “Isso não é algo que une o governo”, concluiu.

Em conversa com a imprensa também nesta terça-feira, por exemplo, o ministro 💥️Paulo Guedes afirmou que a privatização da empresa não está na agenda. Guedes também afirmou que a troca de CEO da Petrobras não é “fator importante”.

Chance quase nula de privatizar a Petrobras

Alessandra Ribeiro, sócia-diretora na área de macroeconomia e análise setorial na consultoria 💥️Tendências, também é cética, quanto à possibilidade de uma articulação política capaz de viabilizar a venda da petroleira para um grupo privado.

“Bem pouco provável, para não falar zero”, afirma. Ribeiro enxerga um dilema na sociedade com relação às expectativas sobre o papel da estatal.

Para a economista da Tendências, o entendimento de certos setores da sociedade de que a empresa, que segue o regime de economia mista, deve priorizar políticas públicas, como qualquer outra estatal, se soma ao rol de entraves para uma discussão mais sóbria sobre caminhos para a Petrobras.

“O que poderia ser feito é um trabalho de informação com a sociedade e o político médio, como foi feito na Previdência, apontando os problemas e informando”, sugere ela.

O ex-presidente💥️ Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato do PT a um novo mandato no Palácio do Planalto e líder das pesquisas de intenção de voto, é um dos que defendem que a Petrobras continue controlada pelo governo federal.

Nesta terça (29), Lula 💥️prometeu, em conversa com representantes dos petroleiros, “abrasileirar” os preços dos combustíveis, caso eleito, e encerrando a atual política de paridade com o valor do dólar e do barril de petróleo no mercado internacional.

“Hoje para defender a Petrobras, é preciso construir um discurso para a pessoa que está cozinhando com lenha na calçada, porque não tem gás, para que ela perceba que aquela briga é dela. Que o cara que tem um carrinho que não pode mais tirar da garagem… ele tem que saber que essa luta é dele”, disse.

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