Bolsonaro eleva o tom novamente contra sistema eleitoral

Jair Bolsonaro, petrópolis

“Não serão dois ou três que decidirão como serão contados esses votos”, discursou Bolsonaro (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

Em mais um evento com ares de comício, nesta quarta-feira, o presidente 💥️Jair Bolsonaro voltou a elevar o tom contra a 💥️Justiça Eleitoral.

“Podem ter certeza que, por ocasião das 💥️eleições de 2022, os votos serão contados no 💥️Brasil. Não serão dois ou três que decidirão como serão contados esses votos”, discursou Bolsonaro em evento em Parnamirim (RN).

Mesmo sem citar diretamente o 💥️Tribunal Superior Eleitoral (💥️TSE) ou as 💥️urnas eletrônicas, alvos preferenciais dos seus ataques até setembro do ano passado, Bolsonaro tem voltado a levantar suspeitas indiretas sobre o sistema eleitoral.

Bolsonaro aparece em segundo lugar em todas as pesquisas eleitorais, com uma distância em torno de 15 pontos percentuais do primeiro colocado, o ex-presidente 💥️Luiz Inácio Lula da Silva. No segundo turno, perde por margem maior para o petista.

A medida que as eleições, marcadas para outubro, se aproximam, Bolsonaro volta a elevar o tom, com ameaças veladas em relação ao sistema eleitoral e também ao uso de um suposto apoio dos militares a ele.

“E nós que lá atrás & digo nós, militares, das Forças Armadas e das forças auxiliares, que têm muitos aqui presentes& juramos dar a nossa vida pela pátrias daremos agora a nossa vida pela liberdade”, disse.

Em 2023, com a popularidade em queda e acossado pelas denúncias que surgiam na CPI da Covid, Bolsonaro aumentou as ameaças gradativamente, acusando, sem provas, supostas fraudes nas urnas eletrônicas de fraude e o TSE de esconder a apuração das eleições, além de encenar ameaças de um golpe.

A pressão chegou ao auge com manifestações a favor do governo, chamadas pelo próprio presidente, nas comemorações do 7 de Setembro. Com Bolsonaro em palanques ameaçando as instituições e ministros do Supremo Tribunal Federal, a reação do Congresso e da Justiça levou o presidente a recuar.

Nas últimas semanas, em clima de campanha & mesmo que, até agosto a lei não permita manifestações eleitorais& Bolsonaro voltou a levantar os fantasmas das fraudes em eleições e do apoio militar, mesmo que não tão explicitamente.

Em seu discurso desta quarta, Bolsonaro voltou a colocar um suposto “lado do bem” contra o mal, nas próximas eleições, na disputa contra a esquerda.

“A luta não é da esquerda contra direita, é do bem contra o mal. E o bem sempre venceu. E dessa vez não será diferente, o bem vencerá”, afirmou.

Bolsonaro tem intensificado as viagens, especialmente para a região Nordeste, onde tem a pior avaliação e os piores resultados nas pesquisas eleitorais. Na semana passada foi ao Ceará e Pernambuco e, na anterior, a Bahia.

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