Bancos têm fundamentos sólidos no Brasil, apesar de fraca condição fiscal, diz Moody’s

Bancos Brasil

Os fundamentos de crédito dos bancos são robustos para absorver a inflação e as pressões das taxas de juros sobre a economia (Imagem: Marcelo Camargo / Agência Brasil)

Os riscos fiscais no 💥️Brasil desafiam as métricas financeiras, mas os 💥️bancos do país têm fundamentos sólidos, que sustentam uma perspectiva estável da 💥️Moody’s sobre a economia nos próximos 12 a 18 meses.

A avaliação é resultado de uma análise de classificação com 29 bancos brasileiros, que juntos representavam cerca de 91% dos depósitos do sistema bancário (em setembro de 2023).

A empresa norte-americana prevê um crescimento lento para o país em 2022, com uma alta de 0,1% no 💥️PIB nacional, enfraquecendo a atividade dos bancos e a geração de empréstimos.

Apesar disso, “os fundamentos de crédito dos bancos são robustos para absorver a 💥️inflação e as pressões das taxas de juros sobre a economia”, segundo o relatório assinado por Alexandre Albuquerque e sua equipe.

Perspectivas monetárias

Segundo os analistas, os índices de 💥️empréstimos problemáticos tenderão a subir nos próximos meses, enquanto as reservas conservadoras compensarão os riscos crescentes dos ativos.

Mas a perspectiva de estabilidade é justificada porque, “embora os índices de empréstimos problemáticos aumentem em 2022, de um baixo 2,1% em setembro de 2023, os bancos vão contrabalançar as crescentes pressões sobre o risco dos ativos mantendo um alto volume de reservas para perdas com empréstimos acima de 200% dos empréstimos problemáticos”.

Além disso, os especialistas ressaltam que as carteiras de 💥️crédito também permanecerão protegidas por um alto nível de empréstimos garantidos, que representavam 72% dos empréstimos do sistema em setembro de 2023.

Enquanto isso, a capitalização deve se manter estável no horizonte de tempo analisado.

Com a moderação no crescimento dos empréstimos aliviando a pressão sobre o consumo de capital, “enquanto a geração de lucros estável e os índices de pagamento de dividendos que provavelmente não diferirão materialmente de 2023 apoiarão os buffers de capital dos bancos nos níveis atuais”.

💥️Eleições 2022

Em meio ao cenário macro, as incertezas políticas vão de acirrando à medida que se aproximam as 💥️eleições do final do ano. Para a Moody’s, a disposição do governo em apoiar os bancos permanece inalterada neste contexto.

Além disso, o cenário irá intensificar as respostas políticas “para conter a inflação derivada do aumento dos preços das commodities e apoiarão a confiança de empresários e consumidores”.

Apesar disso, os analistas calculam que “a fraca condição fiscal do Brasil é uma restrição à capacidade do governo de apoiar os bancos em caso de estresse”.

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