Pacheco e Lira defendem processo eleitoral do país após ataques de Bolsonaro
“Não tem cabimento levantar qualquer dúvida sobre as eleições no Brasil. O Congresso Nacional é o guardião da democracia! (Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Os presidentes do 💥️Senado, 💥️Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da 💥️Câmara dos Deputados, 💥️Arthur Lira (PP-AL), foram às redes sociais nesta quinta-feira defender o processo eleitoral no país, um dia após o presidente 💥️Jair Bolsonaro ter feito novos ataques ao sistema de votação e defender que as 💥️Forças Armadas participem da contabilização dos votos no pleito de outubro.
Primeiro a se manifestar, Pacheco, que é também presidente do 💥️Congresso Nacional, afirmou não ter cabimento levantar dúvida sobre as 💥️eleições no 💥️Brasil e reafirmou a confiança nas urnas eletrônicas.
“As instituições e a sociedade podem ter convicção da normalidade do processo eleitoral. A Justiça Eleitoral é eficiente e as urnas eletrônicas confiáveis. Ainda assim, o TSE está empenhado em dar toda transparência ao processo desde agora, inclusive com a participação do Senado”, disse Pacheco, em sua conta no Twitter pela manhã.
“Não tem cabimento levantar qualquer dúvida sobre as eleições no Brasil. O Congresso Nacional é o guardião da democracia!”, emendou ele.
No meio da tarde, Lira que tem sido um dos principais aliados de Bolsonaro no Legislativo disse no Twitter que “o processo eleitoral brasileiro é uma referência”.
“Pensar diferente é colocar em dúvida a legitimidade de todos nós, eleitos, em todas as esferas. Vamos seguir sem tensionamentos para as eleições livres e transparentes”, afirmou ele.
Nenhum dos dois fez menção direta ao presidente da República.
Na véspera, durante evento no Palácio do Planalto de desagravo ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) beneficiado por perdão presidencial após ter sido condenado na semana passada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro ressaltou ser ele o chefe supremo das Forças Armadas, e disse que os militares não seriam “moldura” ou ficariam apenas “batendo palmas” após serem chamados pelo TSE para participarem do processo eleitoral.
“A gente espera que nos próximos dias o nosso Tribunal Superior Eleitoral dê uma resposta às sugestões das Forças Armadas”, disse. “E essas sugestões todas foram técnicas, não se fala ali em voto impresso.”
O presidente disse que uma das sugestões é para que haja um computador para que as Forças Armadas também possam contabilizar os votos no Brasil.
Ele repetiu que haveria uma sala secreta do TSE em que se centraliza a apuração dos votos fato inverídico e que já foi rebatido várias vezes pela corte eleitoral.
Procurado na véspera para comentar as declarações de Bolsonaro, o TSE não respondeu até o momento.
Com as pesquisas mostrando uma derrota para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva num eventual segundo turno, Bolsonaro voltou a fazer ataques ao sistema de votação e a ministros da cúpula do Judiciário, levantando dúvidas sem qualquer tipo de evidência sobre as urnas eletrônicas.
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