Brasileiro já gasta até R$ 268 com serviços de streaming
O consumidor brasileiro está pagando mais caro pelas assinaturas de serviços de 💥️streaming de vídeo neste ano (Imagem: Shutterstock/Tada Images)
Com o recente 💥️reajuste dos preços, o 💥️consumidor brasileiro está pagando mais caro pelas assinaturas de serviços de 💥️streaming de vídeo neste ano. Em 2023, antes da pandemia, o brasileiro desembolsava R$ 77,70 por mês para ter acesso aos serviços Netflix (NFLX), Prime Video (da Amazon [AMZN]) e Globoplay & as principais plataformas disponíveis na época. Agora, em 2022, o gasto mensal para assinar esses mesmos serviços já chega a R$ 95,70, um aumento de 23,2%.
Além da alta nos preços de Netflix e Amazon, a multiplicação de opções de serviços de streaming de vídeo, com a chegada de Disney+, HBO Max, Telecine, Apple TV+, Star+, Starzplay, Paramount+, fez o valor pago por quem deseja ter acesso a todo esse acervo audiovisual ficar mais alto.
O consumidor precisa desembolsar mensalmente até R$ 268 para assinar todos esses serviços & esse valor pode ser menor com planos anuais ou programas de descontos oferecidos por empresas parceiras. Mas esse custo não inclui serviços de nicho, entre eles os dedicados a filmes de arte, como Mubi e Belas Artes.
Inflação
A alta de Netflix e Amazon fica um pouco abaixo da inflação acumulada no período (23,83%), mas, junto do aumento de outros gastos, como gasolina, energia e alimentação, o custo tem pesado cada vez mais no orçamento familiar.
Nesta semana, a Amazon anunciou um aumento de 50% no valor da assinatura do Prime, que dá acesso ao serviço de streaming Prime Video, frete grátis no site da empresa, e ao streaming de música Amazon Music. A mensalidade passou de R$ 9,90 para R$ 14,90. Foi o primeiro reajuste desde o lançamento do Prime, em 2023.
No caso da Netflix, o último reajuste foi em julho de 2023, quando a mensalidade da assinatura básica passou de R$ 21,90 para R$ 25,90. A empresa anunciou este ano o aumento dos valores nos EUA e em outros países, mas não no Brasil.
Em 2011, quando a Netflix estreou no Brasil, a assinatura mensal custava R$ 14,90. Com a evolução do negócio, a empresa criou diferentes planos, que agora partem de R$ 25,90 e chegam a R$ 55,90. Considerando o pacote mais básico, o aumento acumulado é de 73,8%. No mesmo período, a variação do IPCA foi de 90,26%. Se tivesse acompanhado a inflação, o serviço custaria hoje R$ 28,35.
Para Marcelo Tripoli, fundador da agência e consultoria de inovação Zmes, o segmento deve passar por uma forma de consolidação e também vender planos de assinatura com anúncios.
“O mercado de conteúdo audiovisual era centralizado nos pacotes de TV por assinatura, com centenas de canais, e fomos para o outro extremo, com canais digitais separados. Teremos um ponto de equilíbrio nesse mercado com pacotes de streaming e com a oferta de planos mais baratos que exibem propagandas, a exemplo da americana Hulu, nos EUA”, diz. Serviços como o Pluto TV e o Samsung TV Plus já operam exclusivamente baseados em propagandas na programação.
PERDA DE ASSINANTES
Após o último reajuste de preços e um arrefecimento global do setor, a Netflix reportou redução do número de assinantes pela primeira vez em 11 anos.
No balanço financeiro do primeiro trimestre deste ano, a empresa informou que perdeu cerca de 200 mil clientes. Devido a uma série de fatores, que envolvem a guerra entre Rússia e Ucrânia, bem como o aumento da concorrência, a previsão de investidores é de que a empresa continue a perder assinantes. A estimativa é de uma queda de 2 milhões de clientes entre abril e junho de 2022.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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