Semana tem provável desaceleração do IPCA-15; veja 5 assuntos quentes no Brasil
Continuam pendentes as divulgações de indicadores do Banco Central, como as projeções da pesquisa Focus e o IBC-Br. (Imagem: Pixabay/Iradl)
Estimativa de forte desaceleração do 💥️IPCA-15, com efeito da bandeira verde de energia, projeto de corte no ICMS na Câmara e expectativa de cronograma de privatização da 💥️Eletrobras (💥️ELET6) são os destaques locais.
No exterior, ata do Fed, falas de dirigentes de bancos centrais, PIB e PCE nos EUA balizam os sinais de enfraquecimento da economia dos EUA. Guedes estará em Davos.
IPCA-15 e juro
Juros futuros devem reagir na terça-feira ao IPCA-15 de maio, que deve desacelerar no mês para 0,5% — de 1,73% em abril & , mas com o dado ainda nos 12%, segundo economistas pesquisados pela Bloomberg.
A redução das tarifas de eletricidade, que reflete o aumento das chuvas e menor uso de energia térmica cara, é uma das principais razões por trás da expectativa de inflação menor, segundo a Bloomberg Economics.
A precificação de alta da💥️ Selic nos dois próximos encontros do Copom caiu para em torno de 75 pontos nesta sexta-feira, de mais de 90 pontos uma semana atrás.
Refluxo nas apostas em aperto ganhou impulso após sinalização do diretor do BC Bruno Serra de que a elevação dos juros pode não ir além de junho.
Greves e dados pendentes
Continuam pendentes as divulgações de indicadores do💥️ Banco Central, como as projeções da pesquisa Focus e o IBC-Br. Os servidores do Tesouro também devem entrar em greve no dia 23.
Diante das últimas surpresas positivas da atividade, os economistas elevaram de 0,7% na sexta-feira passada para 1% a estimativa mediana de crescimento mensal para o índice de atividade do BC de março.
A estimativa para a arrecadação de abril, que deve sair a partir da próxima semana, é de aumento para R$ 190 bilhões, ante R$ 164 bilhões em março.
Preços de energia
O presidente da Câmara, Arthur Lira, anunciou para a próxima semana a votação de projeto que desonera tarifas de energia.
“Colocarei em votação na terça-feira a lei que classifica combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transportes como bens e serviços essenciais. Portanto, com alíquota máxima de 💥️ICMS de 17%”, disse Lira nas redes sociais na quinta-feira.
Se for aprovado, o projeto pode reduzir a inflação em até 1,2 ponto percentual ainda neste ano, de 9,8% para 8,6%, diz o Credit Suisse, em relatório.
Mercado também segue com movimentos para a eleição no radar. O ex-presidente Lula e o candidato a vice, Geraldo Alckmin, comandam a primeira reunião da chapa na segunda-feira em São Paulo.
Davos e ata do Fed
A disparada da inflação global estará entre os temas dos debates do Fórum Econômico Mundial, que realiza a primeira reunião presencial desde o início da pandemia, em Davos, na Suíça.
A presidente do BCE, Christine Lagarde, e a diretora-geral do 💥️FMI, Kristalina Georgieva, estarão presentes — assim como o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Cerca de 50 chefes de Estado e de governo, incluindo o chanceler alemão Olaf Scholz, participarão do encontro. O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy fará aparição virtual, enquanto o governo russo não terá nenhum representante.
O Fed divulgará a ata da última reunião na quarta-feira. Na segunda-feira, dirigentes do BCE e o presidente do BoE, Andrew Bailey, falam numa conferência sobre “O retorno da inflação”. Saem dados como PIB, pedidos de bens duráveis e PCE nos EUA e a pesquisa IFO na Alemanha.
Eletrobras, Carrefour
O mercado aguarda o cronograma da privatização da Eletrobras, que foi autorizada pelo TCU na quarta-feira. As ações da empresa acumulam alta de mais de 10% nas duas últimas semanas.
O governo deve protocolar o registro de oferta da estatal na CVM em 26 de maio e o road show para atrair investidores estrangeiros está previsto para o período entre 27 de maio e 8 de junho, segundo o Poder360.
A oferta de ações deve ocorrer em 13 de junho, diz o site. A compra dos ativos do Grupo Big Brasil pelo 💥️Carrefour (💥️CRFB3) será pauta da próxima sessão ordinária do Cade.
O negócio, anunciado em março de 2023, envolve R$ 7,5 bilhões e já foi declarado complexo pelo órgão antitruste, que deve negociar a adoção de “remédios” com as empresas para dar seu aval.
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