Ações da Eletrobras (ELET3) caem 2% em estreia após privatização; o que esperar da companhia?
Eletrobras tem segunda maior privatização do país (Imagem: Facebook/Eletrobras)
As 💥️ações da 💥️Eletrobras (💥️ELET3; 💥️ELET6) estrearam o pregão desta segunda-feira (13) em queda, após a conclusão do processo de 💥️privatização, em um dia bastante negativo para os mercados.
Por volta das 10h30, os papéis ordinários da companhia, ELET3, desabavam 2,44%, cotados a R$ 40, enquanto os preferenciais, ELET6, caiam 0,86%, a R$ 39,36.
No mesmo momento, o 💥️Ibovespa (💥️IBOV) caia 2,23%, 💥️valendo 103,1 mil pontos. O principal índice da bolsa de valores brasileira segue em queda desde semana passada devido as preocupações com lockdowns na China e com o avanço da inflação nos Estados Unidos.
A Eletrobras realizou sua oferta de ações na quinta-feira (9), marcando a segunda maior privatização do país. A oferta no processo que reduz a presença do governo em seu capital levantou cerca de R$ 33,7 bilhões e mostrou demanda robusta.
No total, a companhia vendeu 802,1 milhões de ações, com seu papel precificado a R$ 42.
Por que as ações estão em queda?
Segundo Pedro Galdi, analista da 💥️Mirae Asset, a queda das ações da Eletrobras está relacionada ao pessimismo com a economia global, que acompanha o risco de recessão nos EUA, a inflação em alta e a posição mais agressiva esperada pelos bancos centrais.
“As bolsas de valores estão afundando no mundo todo (✅sell-off global) e aqui não é diferente”, explica.
Além disso, Niels Tahara, analista fundamentalista da 💥️Benndorf, explica que a ação vinha em forte movimento de alta nos dias anteriores ao da privatização, “sendo normal, portanto, um movimento de realização dos investidores”.
O que esperar da Eletrobras privatizada?
Segundo Tahara, da Benndorf, a expectativa é que a nova governança da Eletrobras traga melhorias e eficiências operacionais, assim como a possibilidade de novos investimentos, com modernização dos ativos e diversificação de sua matriz energética.
O analista vê com bons olhos a privatização, pois deve reduzir os riscos de governança e, consequentemente, ocasionar um re-rating no valuation. “Atualmente, vemos a empresa negociando a cerca de 4,60x EV/EBITDA 2023. Nesse sentido, vemos a ação com um significativo desconto ante aos pares privados”, afirma.
“No geral, o processo de melhoria e ganhos de eficiência operacional deve acontecer ao longo dos anos e não no curto prazo, mas vemos com bons olhos o investimentos nas ações da companhia com foco no longo prazo”, explica Tahara.
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